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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Reflexões do Evangelho - 08/07/12 – 14º Domingo do Tempo Comum – Mc 6,1-6

Domingo, 08 de julho de 2012

Neste 14º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho mostra que não são, só, os seus que se admiram de Jesus, escandalizando-se com sua sabedoria e seu poder. Não podem ler e reconhecer a presença de Deus ‘neste’ homem que eles conhecem muito bem: sua cidade, seus pais, sua profissão. Jesus também se espanta e se desaponta com eles: vem entre os seus, e os seus não o reconhecem! É o escândalo de Deus que se fez ‘carne’, isto é, que se fez plenamente humano: têm necessidades e trabalha para satisfazê-las, come, bebe e se cansa, custa a ficar acordado e dorme, submete-se às leis da vida e da morte. Os contemporâneos de Jesus não são diferentes de nós. Tanto eles como nós queríamos um Deus diferente, um Filho de Deus menos humano, um Filho do Homem mais divino. Até que gostaríamos de compartilhar os seus atributos, mas que não se fale de ele compartilhar os nossos, dos quais, no fundo, no fundo, gostaríamos de nos livrar. Temos, aí, porém, um problema grave, que agita o cristianismo desde o início. A heresia mais séria que a Igreja teve que enfrentar foi justamente o gnosticismo, não tanto por se considerarem possuidores de um conhecimento superior, ou por disporem de fontes secretas, mas por não aceitarem a natureza humana como ela é por não conhecerem Jesus como ele é. O ser humano não é só espírito, mas também corpo, carne, matéria; Jesus não é só divino, mas também humano, plenamente humano, irrenunciavelmente humano. E, assim, como no homem, a sua espiritualidade e transcendência são colhidos na sua ‘carne’, da mesma forma, em Jesus, a sua divindade, só podem ser colhidos na sua verdadeira, perfeita e plena humanidade. O primeiro Concílio Ecumênico não se reuniu para afirmar a divindade de Jesus, mas a sua humanidade. A ‘carne’ de Jesus é o centro da fé cristã. Reconhecer a sua humanidade equivale a ser ou não de Deus. Na sua humanidade, naquilo que fez e diz, naquilo que lhe fazemos e que ele passa, Deus se revela e se doa definitivamente. Na história concreta de Jesus de Nazaré está presente a história de Deus, tão antiga quanto a humanidade, tão humana quanto a história de Israel, tão intrigante quanto a história de Jesus. Às vezes, pensamos: “Ah! Se eu visse Jesus, se eu o ouvisse, se o tocasse como acreditaria nele! Não entendo como aqueles ‘judeus’ tinham tanta dificuldade”. Doce ilusão! Nada mais falso! Aqueles ‘judeus’ que nós consideramos fechados e resistentes não creram em Jesus justamente porque o viram, ouviram e tocaram. Pareceu-lhes humano demais, pouco divino, diferente do que esperavam. Distante dele no tempo e no espaço, para nós é mais fácil criar um Deus e um Jesus do tamanho da nossa imaginação. Não temos tanta dificuldade em acreditar que Deus criou o mundo. Deveríamos prestar atenção e perceber com que facilidade nós criamos Deus! Por isso, diz o mestre, Fausti, “A fé não é aceitar que Jesus seja Deus, o Deus que nós pensamos, mas aceitar que Deus, o Deus que nós não pensávamos, é este homem Jesus!”. É mais fácil aceitar que Jesus seja Deus do que acreditar que Deus seja Jesus. A nossa imagem de Deus não combina com a simplicidade, a pobreza, a humildade de Jesus. Seja fiel, ofereça o Dízimo!   



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