Os postos de combustíveis da Grande Florianópolis estão travando uma verdadeira guerra de preços na venda da gasolina. Na Capital, o menor preço registrado foi de R$ 2,49, quase 7% abaixo do valor médio para o município na última semana.
Em Palhoça, a reportagem encontrou o combustível a R$ 2,28 o litro, 12,3% mais barato do que a média na cidade. O valor médio da gasolina praticado em Florianópolis, na última semana, foi de R$ 2,67 o litro, de acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) com 40 postos da cidade (veja arte ao lado).
O preço é 2,5% menor do que a média estadual para o período, de R$ 2,74. No relatório, 12 estabelecimentos da Capital apareceram com valores abaixo de R$ 2,60.
Em Palhoça, o posto Pagani está vendendo o litro da gasolina a R$ 2,28.
O gerente do posto, Jackson Goulart, afirma que o preço é uma promoção relâmpago, que vai acarretar prejuízos, mas que foi lançada para atrair novos clientes. A gerência do Posto Cordeiro, no Bairro Abraão, da Capital, afirma que o litro da gasolina, a R$ 2,54, também é promocional. Como o posto é bandeira branca, foi possível escolher a distribuidora com o preço mais atrativo.
Já a gerência de um posto da SC-401, em Florianópolis, diz que o litro do combustível a R$ 2,59 foi uma maneira de manter a competitividade do estabelecimento, frente à queda de preços em toda a Capital. Para o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Grande Florianópolis (Sindicomb), Luiz Ângelo Sombrio, o preço muito abaixo da média também pode significar sonegação de impostos.
_ Nem todos os estabelecimentos que baixaram o preço do combustível estão em situação irregular. A concorrência é predatória e todos estão buscando ter competitividade no mercado _ avalia.
Sombrio acrescenta que só o custo do combustível, com base no dado divulgado pela ANP, vai de R$ 2,34 a R$ 2,37, atualmente. Segundo o presidente do Sindicomb, qualquer valor abaixo disso, seria inviável.
Mas o coordenador do Grupo de Especialistas em Combustíveis (Gescol) da Secretaria de Estado da Fazenda, Roque Bach, afirma que todos os postos do Estado que foram pegos sonegando impostos na operação de fiscalização do ano passado estão sendo monitorados e, agora, regularizaram sua situação.
Para o presidente do Sindicomb, é impossível prever até quando os preços da gasolina vão continuar baixando. Mas acredita que os postos da Grande Florianópolis já estão tendo prejuízos e vão voltar a aumentar o valor do combustível quando correrem riscos concretos de quebrar.