Será o início da utilização mais efetiva do imóvel adquirido pelo Município em 2009
São Bento - Em 2011, o prédio da antiga Móveis Leopoldo, localizado na rua Benjamin Constant, Centro, começará a ser utilizado mais efetivamente pela prefeitura. É o que diz o assessor de Governo, engenheiro Luiz Cláudio Schuves. "Vai começar pela Secretaria de Educação", revela, referindo-se aos espaços que serão destinados à Secretaria propriamente dita, a um auditório e à Biblioteca Municipal Luiz de Vasconcellos (em destaque no mapa), que somam mais de 1,6 mil metros quadrados de área construída. "Essa é a nossa prioridade". Conforme Schuves, já existe uma destinação orçamentária - R$ 500 mil - para dar início a uma estrutura mais encorpada ao futuro "Centro Administrativo Municipal" a partir do segundo semestre, quando as obras devem ter início. Os valores, destaca o assessor, são próprios. "Não existe (verba externa) para reforma institucional", explica. "Batalhamos para isso, mas não conseguimos".
BLOCOS
Os 1,6 mil m² que serão utilizados a partir do ano que vem estão no chamado Bloco A do prédio, que tem, no total, 4,1 mil m². O bloco deve receber, futuramente, órgãos como Fundação Municipal de Desportos (FMD), Procon, Sine, Defesa Civil, Empresa Municipal de Habitação (Emhab), Instituto de Planejamento (a ser criado, ainda), Consórcio Quiriri, Cidasc, Secretaria de Agricultura, Departamento de Meio Ambiente e Secretaria de Desenvolvimento Comunitário. Nos Blocos 2 e 3, Samu, Almoxarifado Central, Mercado Público/Sacolão e Restaurante Popular - que, mesmo continuando nos planos da prefeitura, ainda terá de ser melhor discutido, pois em nível federal o governo só oferece um suporte maior para cidades com mais de cem mil habitantes.
PLANOS
Está nos planos do governo municipal uma grande transformação no imóvel, adquirido em 2009 por R$ 1,855 milhão que estão sendo pagos em trinta parcelas de R$ 61,8 mil - a empresa tinha uma pendência tributária de R$ 1,566 milhão, valor já descontado na negociação. Ao todo, os blocos têm 9,02 mil m² de área construída, em um terreno com área total de 13,5 mil m². A arquiteta Chiara Mariele Gurgacz Destro, da Secretaria de Planejamento, responsável pelo projeto, relatou ao Evolução que pretende-se conservar toda a questão arquitetônica, mantendo também espaços próprios de lazer. "Vejo isso como um ponto turístico da cidade", diz ela. Entre as mudanças propostas, dois pontos (que somam 750 m²) serão demolidos e darão lugar a obras de paisagismo, passeios e área de estacionamento.
ECONOMIA
A respeito de críticas que o governo recebeu ao adquirir o imóvel, Schuves destaca que a "parte estrutural" do prédio está "perfeita". Ele lembra que apenas "alguns pontos com madeira" em áreas da cobertura apresentam condições menos apropriadas para uso. "Isso é irrisório", afirma, registrando que os mesmos serão refeitos. Outro fator levantado pelo assessor de Governo diz respeito à economia de verba pública com a transferência de órgãos para o futuro "Centro Administrativo". Apenas a Secretaria de Educação paga R$ 9 mil mensais para manter sua estrutura em um prédio localizado na Travessa José Zipperer, no Centro. No total, quando todos os órgãos forem transferidos, a economia anual em aluguéis deve chegar a R$ 250 mil. (E.L.)