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Conhecido pelo perfil arredio, Edison Andrino assume comando da base aliada do governo de SC

Segunda, 09 de abril de 2012

 

Parlamentar vai comandar bloco de 31 deputados

 
Conhecido pelo perfil arredio, Edison Andrino assume comando da base aliada do governo de SC Carlos Kilian/Divulgação
Governador Raimundo Colombo (PSD) oficializa o convite para que o parlamentar Foto: Carlos Kilian / Divulgação
Deve crescer, a partir desta semana, a procura pelos sofás verdes do espaço localizado atrás do plenário da Assembleia Legislativa. É nele que o deputado estadual Edison Andrino (PMDB) costuma passar a maior parte do tempo, entre articulações, conversas políticas e despachos. Na manhã desta segunda-feira, o governador Raimundo Colombo (PSD) oficializa o convite para que o parlamentar assuma o posto de líder do governo.

Dos sofás verdes, Andrino vai comandar um bloco de 31 deputados, a maior base de apoio a um governo do Estado desde o regime militar. Por coincidência, justamente a época em que ele começou seus 40 anos de vida pública, como vereador de Florianópolis pelo antigo MDB, de oposição aos militares. No período final do regime, em 1983, Andrino assumiu pela primeira vez o cargo de deputado estadual. Na época, eram 21 parlamentares do PDS e 19 do PMDB — siglas com uma extrema rivalidade forjada no bipartidarismo do regime militar.

É um cenário muito diferente do que Andrino terá que administrar. Hoje, com a oposição reduzida a nove deputados de PT, PDT e PCdoB, o deputado atuará mais na administração dos aliados do que no confronto com os adversários de Colombo:

— Com a Dilma, em Brasília, é a mesma coisa. Ela tem mais problemas com a base aliada do que com a oposição. A vantagem aqui é que, pelo tamanho da base e pela proximidade das pessoas, as coisas ficam mais simples.

"Voz contrária" liderará a base do governo



O convite foi uma surpresa no meio político. Andrino ficou marcado pelas vezes em que foi voz contrária às decisões do partido. A última vez, coincidentemente, em um episódio que envolveu o apoio do PMDB a Colombo nas eleições para o governo do Estado.

Após a desistência do então pré-candidato Eduardo Pinho Moreira (PMDB), hoje vice-governador, em favor de Colombo, chegou a se apresentar como candidato na convenção do PMDB — como forma de protesto contra a ausência de candidatura própria do partido. Perdeu, como era esperado, mas gerou constrangimento por receber 33% dos votos dos delegados:

— Eu fui voto vencido na época e agora fazemos parte desse projeto. Sou um defensor de que o PMDB faça parte até o fim. Não faz sentido ficar procurando outros caminhos.

Andrino admite que também ficou surpreso. Nas eleições de 2010, a votação do peemedebista garantiu-lhe apenas a quarta suplência da coligação governista. Ele só assumiu a vaga na Assembleia porque Colombo convocou quatro deputados titulares para o colegiado.

Chegou a ter a posição ameaçada durante a reforma do colegiado, em fevereiro, com o retorno de Cesar Souza Junior (PSD) e Serafim Venzon (PSDB) ao parlamento.

— Eu estou na vulnerabilidade da suplência e achei que ele ia convidar um titular. Quando veio a sondagem, conversei com a bancada do PMDB, que me deu respaldo — lembra.

Boas relações entre deputado e governador

O convite veio em 28 de março, quando Colombo assinou o edital de obras do novo acesso ao Aeroporto Hercílio Luz, na Capital. Adversários em boa parte da vida política, Colombo e Andrino sempre tiveram boa relação. Chegaram a ocupar cargos de deputado federal simultaneamente, só que, na época, Andrino era o titular, e Colombo, o suplente.

Trajetória política

— Um dos fundadores do MDB em Florianópolis, em 1966, Edison Andrino conquistou o primeiro cargo público em 1972, quando se elegeu vereador na cidade. Foi reeleito em 1977.

— A atuação na Câmara Municipal levou Andrino para a Assembleia Legislativa em 1982 como o segundo deputado estadual mais votado no Estado, já pelo PMDB. Logo que assumiu, Andrino foi um dos deputados que questionou o volume de aposentadorias por invalidez no ano anterior. A atuação de Andrino no caso criou dificuldades dentro do próprio PMDB, o que o fez deixar o cargo de vice-líder do partido.

— Com o retorno das eleições diretas nas capitais, em 1985, Andrino é eleito prefeito de Florianópolis com 46,7% dos votos. O mandato é de apenas três anos.

— Em 1990, disputa uma vaga na Câmara dos Deputados e fica com a primeira suplência do PMDB.

— Tenta voltar para a prefeitura de Florianópolis nas eleições de 1992, mas fica em segundo lugar com 28,8% dos votos. O vencedor foi Sérgio Grando, com 36,8%. Na época, não havia segundo turno.

— Com Eduardo Pinho Moreira eleito prefeito de Criciúma, Andrino herda a vaga de deputado federal em 1993.

— É reeleito deputado federal nas eleições de 1994 e 1998. Torna-se referência na luta da regularização dos terrenos de marinha.

— Não consegue a reeleição em 2002. Coma segunda suplência, assume a vaga na Câmara Federal graças a convocação de deputados para o secretariado do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Ao longo do governo, Andrino e LHS se distanciam por divergências quanto à politica de alianças.

— Em 2006, Andrino volta a disputar vaga na Assembleia Legislativa. Acaba ficando apenas com a terceira suplência da coligação PMDB/PFL. Desgastado com LHS, leva mais de um ano para assumir o cargo. Em 2008, fica com a vaga em definitivo, graças à nomeação de João Henrique Blasi para o Tribunal de Justiça e de Júlio Garcia para o Tribunal de Contas do Estado.

— Defensor da candidatura própria do PMDB ao governo estadual, Andrino chega a se lançar pré-candidato a governador quando Pinho Moreira anuncia apoio a Raimundo Colombo. Acaba desistindo e disputa vaga na Assembleia. Fica com a quarta suplência.

— Assume vaga na Assembleia com a nomeação de quatro deputados para o secretariado de Colombo. Com a saída de Elizeu Mattos (PMDB) para disputar a prefeitura de Lages, recebe convite do governador para ser o novo líder do governo.



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