Florianópolis - O secretário da Educação, Eduardo Deschamps, apresentou esta semana aos gestores de colégios e professores estaduais o Plano de Reforma da Educação de Santa Catarina. Além das ações em fase de implantação está previsto a reestruturação de processos a fim de eliminar barreiras e facilitar a solução de pequenos problemas no cotidiano escolar.
Deschamps destacou que os encontros com o magistério têm sido muito produtivos e que tem recebido um bom retorno dos professores. “É uma oportunidade para apresentar o plano, conversar, trocar ideias”, observou.
O secretário explicou que a essência da proposta é fazer mais, com um gasto menor. Mas isto não significa reduzir o investimento do Estado em educação. A boa gestão permite usar melhor os recursos disponíveis e valorizar os professores comprometidos com o processo educacional. Com um perfil técnico, Deschamps busca um modelo de gestão mais eficiente e isso implica em estabelecer metas e um sistema de avaliação do desempenho do magistério. Quem conseguir cumpri-las será recompensado. “Podemos utilizar o Ideb, mas como ele é realizado de dois em dois anos, teremos que fazer uma avaliação própria também”, afirmou.
Confira a entrevista concedida pelo secretário Eduardo Deschamps para a rádio da Secom na sexta-feira (30):
A descompressão dos salários dos professores é outro item fundamental para valorização dos profissionais da educação. Para tanto ele destacou que o Governo do Estado está empenhando em negociar com a magistério estadual e que oferecer o aumento de 22% em todos os níveis da tabela.
A qualificação é outro importante item no Plano de Reforma da Educação que prevê a oferta de bolsas de estudo para os professores. Há também a proposta da volta do Curso Normal, para formar profissionais especializados no trabalho em creches, a primeira etapa do processo educacional.
O secretário apontou como meta oferecer 40% das vagas do ensino estadual como profissionalizante – a porcentagem atual é 10% e Ensino técnico para capacitar jovens em uma profissão demandada pelo seu município.
Deschamps também chamou a atenção para detalhes, como a renegociação de contratos de fornecimento de internet, que tinham a velocidade de 128k, para oferecer 1 mega de conexão por um preço menor – agora a ideia é aumentar para 2 mega. Também explicou a proposta de fornecer para a escola um cartão para pequenos reparos nas escolas, que permitiriam, por exemplo, trocade uma janela quebrada, de uma fechadura ou de um interruptor com mau contato. Obras simples que muitas vezes demoram a ser realizadas por conta da burocracia e que fazem toda a diferença no bem-estar da comunidade escolar.
Na apresentação aos gestores, Deschamps destaca a palavra reorganização: da alimentação escolar, que vai voltar a ser fornecida pelo Estado com um custo menor e com foco em um trabalho mais humanizado; do uniforme, que voltará a ser distribuído para os alunos mais carentes, e do transporte escolar, importante ferramenta para a consolidar o sistema.