Sinônimo de superlotação, o Presídio Regional de Joinville logo contará com um reforço para aliviar o problema das celas abarrotadas na unidade: a nova ala do regime semiaberto, com capacidade para 170 internos, será inaugurada terça-feira à tarde, anexa à Penitenciária Industrial.
A boa notícia garantiu a presença do governador Raimundo Colombo e da secretária de Justiça e Cidadania, Ada de Luca, na comemoração. O deslocamento dos internos para o novo espaço só deve acontecer a partir de quarta-feira.
As futuras transferências representam um sopro na ferida do presídio porque a unidade, que tem capacidade projetada para 650 detentos, já abriga mais de 1.050 presos, entre eles quase 200 internos enquadrados no regime semiaberto – são condenados com direito a oportunidades de trabalho e estudo fora de uma prisão comum.
A má notícia é que nem todos terão lugar na nova ala. Isto porque 105 apenados da penitenciária, que também estão em regime semiaberto, serão os primeiros a ocupar o espaço a ser inaugurado terça-feira. As vagas abertas na penitenciária serão preenchidas pelos condenados de regime fechado que estão no presídio.
As 65 vagas restantes serão dos apenados em regime semiaberto que estão no presídio. Com 170 transferências garantidas para os próximos dias, a ocupação do presídio voltará a ficar perto dos 900 internos.
Era esse o limite imposto pela Justiça, numa portaria que durou entre setembro de 2010 e abril de 2011, na tentativa de proporcionar condições mais dignas aos presidiários.
— O grande problema é mesmo os presos no regime semiaberto. Vai dar uma desafogada —, avalia o diretor do presídio, Cristiano Teixeira.
Sem vagas para cerca de 120 outros internos em regime semiaberto, Cristiano aposta em alternativas para ocupá-los.
— A intenção é colocá-los para trabalhar em até 30 dias, temos que buscar essas oportunidades —, destaca.
Agora responsável também pelo controle da ala do semiaberto, o diretor da penitenciária, Richard Harrison dos Santos, terá o reforço de 24 agentes, além de um técnico em enfermagem e uma assistente social para o novo prédi