Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

É preciso confiança para sair da crise, diz Merkel

Quarta, 07 de março de 2012

Ao responder às críticas de Dilma Rousseff sobre o "tsunami monetário", chanceler alemã disse que faltam alternativas para a União Europeia


A resposta da chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, às críticas da presidente Dilma Rousseff veio no início da noite, na abertura da feira de tecnologia de Hannover - na qual o Brasil é homenageado. Após um discurso de Dilma concentrado sobre a parceria entre os dois países, a chanceler focou em questões econômicas.

Merkel ponderou que o bloco econômico enfrenta uma "crise delicada" e "não há alternativa para a União Europeia, nem para o seu coração, a zona do euro, além de desenvolver a estabilidade e tomar medidas preventivas", sem exemplificar a que ações se referia.

A seguir, advertiu: "Nós vamos discutir a crise e as preocupações de cada um. A presidente falou de um "tsunami de liquidez" e manifestou preocupação. De nosso lado, nós observamos onde estão as medidas protecionistas unilaterais". A seguir, pediu harmonia no G-20. "Penso que a confiança é o caminho que devemos trilhar para sair da crise. Nós, europeus, estamos conscientes de que temos de olhar além das nossas fronteiras."

As divergências vieram a público antes mesmo do encontro bilateral a portas fechadas entre as duas autoridades, que seria realizado após jantar oficial. A comitiva brasileira retornou do jantar ao Kasten Hotel Luisenhoff pouco antes das 22h30 (18h30 de Brasília). Dilma não falou aos jornalistas. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a presidente teria cobrado a chanceler sobre a injeção de liquidez promovida pelo BCE. Merkel teria respondido que seria uma medida transitória, com prazo de efeito de três anos.

Merkel também teria perguntado a Dilma o que ela gostaria que fosse feito. E a brasileira teria respondido: "Que vocês enxuguem esse excesso de liquidez o mais rápido possível". "Vamos ter de tomar medidas. Não podemos ficar com esse buraco nas contas. Precisamos proteger nosso mercado e nossa moeda", teria completado a presidente.

De acordo com o secretário especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, Merkel "não persistiu" nas críticas às medidas protecionistas unilaterais, feitas durante o discurso.

Medidas. Na semana passada, o governo lançou mais duas medidas para conter a valorização do real. O Ministério da Fazenda decidiu estender aos empréstimos de três anos, de empresas brasileiras no exterior, a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%. Até então, esse tributo incidia apenas nos financiamentos de até dois anos.

O Banco Central, por sua vez, restringiu o funcionamento de uma das operações de financiamento às exportações, o que também contribui para reduzir a entrada de dólares no País. Além de novas medidas cambiais, o governo conta com a queda mais rápida dos juros para ajudar no câmbio. A taxa Selic mais baixa ajuda a diminuir o diferencial entre os juros interno e externo, diminuindo o atrativo do Brasil para investimentos de curto prazo.

Fonte: O Estado de S. Paulo


Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA