Florianópolis - Se o câmbio desfavorável prejudicou as exportações, o mercado interno aquecido garantiu o desempenho da indústria catarinense em 2010. Neste cenário, os principais setores produtivos do Estado comemoraram um ano bom e projetam, esperançosos, um 2011 ainda melhor.
Mesmo com a perspectiva de um PIB menor (perto de 5%) e da manutenção do real forte.
– Continuaremos crescendo, apesar do câmbio. A indústria catarinense está plena, ocupada, precisando de gente para ocupar as vagas, o que é um bom sinal – resume Alcantaro Corrêa, presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc).
Os últimos dados divulgados pela federação, referentes ao período de janeiro a outubro, revelam que a produção da indústria catarinense cresceu 6,9% em 2010 comparado a 2009. No mesmo período, as vendas apresentaram ritmo menor, com alta de 2,2%. Para Corrêa, a evolução sustentável da economia brasileira, menos dependente de fatores externos, dará a segurança necessária para que o setor continue crescendo.
Além disso, existem nichos internacionais específicos para os produtos catarinenses que ainda precisam ser devidamente explorados.
– Temos gente exportando que não está perdendo dinheiro. Quem se estruturou, investiu e se preparou, está tendo condições para isso.