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Erro e desconfiança derrubam ações da Petrobrás

Quarta, 15 de fevereiro de 2012

As ações da Petrobrás caíram mais de 4% nesta terça-feira na Bovespa e cerca de 5% na Bolsa de Nova York, acentuando perdas ocorridas desde a divulgação do balanço, na sexta-feira, em que foi apresentado lucro muito abaixo das expectativas de mercado. Pela manhã, em teleconferência a analistas de mercado, o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, listou sete motivos para a discrepância de US$ 5 bilhões entre o resultado obtido e o previsto, os mais importantes deles envolvendo custos ligados ao câmbio.

Um erro nas notas de divulgação do balanço, assumido pelo executivo durante a teleconferência, não ajudou a aumentar a confiança na empresa. O executivo revelou à noite, à Agência Estado, que o ITR corrigido do quarto período de 2011 seria enviado ainda nesta terça à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo ele, o erro, detectado por um analista, se deveu a uma falha básica na colocação das cifras de custos, que foram relacionadas em linhas que não correspondiam ao item correto.

"O que estaria na linha de serviços foi colocado na linha de custo de produto processado, que é o óleo que a empresa compra para incluir no processamento (refino)", explicou. Segundo o diretor, a falha não chega afetar o resultado, porque, ao final, o somatório é o mesmo. De qualquer forma, Barbassa preferiu não ser taxativo ao afastar a possibilidade de isso ter contribuído para a queda das ações da empresa.

"As razões de queda eu não saberia dizer. É difícil falar sobre as razões do mercado", comentou o executivo. Porém, ele acredita, pela insistência dos analistas em perguntas sobre a política de aumento de preços de combustíveis, que esse pode ter sido um dos motivos.

"Essa pergunta foi muito insistente. E, como não revelamos quando isso (preço dos combustíveis) vai mudar, talvez o mercado tenha feito uma leitura a partir daí", disse o executivo.

"Foi um choque de realidade", disse o analista Emerson Leite, do Credit Suisse, depois de participar das duas conferências. Segundo ele, ficou evidente que os custos da Petrobrás mudaram de patamar. "As teleconferências de hoje (ontem) mostraram que a maior parte dos motivos das discrepâncias (entre o que o mercado projetou e a empresa apresentou) veio para ficar."

Reações

Como resultado, as ações ordinárias recuaram 4,23%, e as preferenciais, 4,72%, depois de caírem mais de 5% durante o dia. A CVM informou hoje que acompanha e analisa as informações divulgadas pelas companhias, mas não comenta casos específicos. Segundo o órgão regulador, quando julgado necessário pela administração, os formulários trimestrais das companhias são reapresentados espontaneamente.

O órgão esclarece ainda que, "caso se verifique a omissão por parte da administração, em regra, ocorre a determinação da reapresentação ou republicação, pela CVM, nos termos da Deliberação CVM n.º 388/01".

Confirmado o erro, a governança corporativa da empresa pode ser prejudicada, segundo uma fonte do setor financeiro. A imagem da companhia sairá arranhada, principalmente com os estrangeiros. A necessidade de republicação do balanço nunca pode ser vista como usual, ressaltou.



Fonte: O Estado de S.Paulo / André Magnabosco, Irany Tereza, Mariana Durão, Monica Ciarelli e Sabrina Valle


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