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Diagnóstico tardio dificulta tratamento de pacientes com hanseníase

Segunda, 30 de janeiro de 2012



Florianópolis - O último domingo do mês, 29 de janeiro, é o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase. O Brasil é o segundo país do mundo em detecção de casos da doença, com 37.610 novos casos diagnosticados no ano de 2010, cuja taxa de detecção é de 18,2 por 100 mil habitantes. Santa Catarina é um dos estados com mais baixa endemia, apresentando taxa de detecção de 3 por 100 mil habitantes. Em 2011, o Estado diagnosticou 214 novos casos. Mesmo assim, a doença continua sendo um grave problema de saúde pública, principalmente pelo fato do diagnóstico ser tardio e os pacientes, muitas vezes, apresentarem deformidades, perda de força muscular, insensibilidade e anestesia.

De acordo com a coordenadora estadual da hanseníase da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Jeanine Varela, o grupo que merece maior atenção é o familiar, pois sete crianças menores de 15 anos apresentaram a doença, em 2011. “Assim que os pacientes apresentarem sintomas ou sinais suspeitos, devem recorrer às unidades de saúde, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento”, explica.

A hanseníase não é hereditária e tem cura, mas, se não for tratada, pode provocar incapacidades físicas e deformidades, responsáveis pelo preconceito e discriminação aos portadores. É uma doença infecciosa, de longa evolução. A transmissão ocorre pelo contato com pessoas doentes que não receberam o tratamento, por meio das vias aéreas superiores – nariz e boca.

Os principais sintomas são perda da sensibilidade ao calor, ao frio e à dor, dormência, formigamento, caroços, inchaços e manchas esbranquiçadas e avermelhadas pelo corpo. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas pode variar de dois a sete anos, ou mais. “A doença é uma enfermidade que passa despercebida porque se acredita que não exista mais ou se tem informação equivocada de como é na realidade”, observa Jeanine Varela.

Por isso, a hanseníase continua sendo um grande desafio da Saúde Pública em muitos países. Na Europa, por exemplo, praticamente desapareceu com exceção da Espanha, Portugal e Itália. O fato ocorreu devido a importantes modificações socioeconômicas que melhoraram radicalmente o nível de vida das pessoas. Esse mesmo registro não se deu na maioria dos países tropicais, onde a hanseníase continua endêmica, como na Índia, país em primeiro lugar em detecção de casos da doença. “A expectativa de alcançarmos o controle definitivo da Hanseníase depende de todos nós. Do poder público, gestores, profissionais de saúde e sociedade em geral envolvidos na busca ativa de portadores e seus contatos", afirma Varela.

A hanseníase está inserida nas ações de atenção básica, sendo as unidades de saúde municipais locais importantes para o desenvolvimento das atividades de prevenção e controle da doença. Além de estarem qualificadas para diagnosticar e tratar os casos confirmados, realizam atividades de vigilância, busca e monitoramento de seus contatos. "Em 2012, continua o trabalho para o controle e a eliminação da doença, por meio da garantia de acesso ao diagnóstico e tratamento adequado, priorizando ações de monitoramento, capacitação e divulgação de informações apropriadas à população”, finaliza Jeanine Varela.



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