Quem vem circulando pela área central do município se depara com um teste de paciência, pois diversas ruas e calçadas transformaram-se em um verdadeiro canteiro de obras, e o acesso de veículos e pedestres vem sofrendo grande interferência.
Aliás, as obras vem ocorrendo em diversos bairros do município, mas como na área central todas as ruas passaram ou estão passando por obras, a situação fica mais visível e é sentida mais pela população.
O grande motivo disto é a implantação da rede de tratamento de esgoto nas áreas das sub-bacias 1 e 2 do rio São Bento, portanto, todo o centro e ainda alguns bairros adjacentes.
Serão 44 quilômetros de implantação de rede em uma obra minuciosamente planejada, organizada, e acima de tudo corajosa, pois "abrir o centro" literalmente, é o maior desafio em se tratando de obras que se pode ter no município.
Praticamente todo o fluxo de veículos passa pela área central. Comércio, bancos, prefeitura, indústrias, escolas, hospital, posto de saúde central, enfim, tudo está no caminho das obras de implantação da rede de tratamento de esgoto, então os transtornos já eram esperados e foram planejados.
Além de tudo isso, as ruas do centro contam com um agravante quando se fala em obras subterrâneas: tubulações de rede pluvial, galerias antigas, rios, rede elétrica, rede de telefonia e fibra óptica, e ainda rede de gás, tudo está no caminho das equipes que vem implantando a rede de esgoto.
Portanto, os desafios são muito acima do que qualquer outra obra que se possa realizar na cidade, mas todas essas dificuldades não impediram e não estão impedindo o andamento das obras, que está praticamente nos últimos metros.
Como se sabe, os benefícios desta obra serão de grande importância para a cidade e seus moradores, portanto, vale o esforço e os transtornos que todos vem enfrentando.
Gargalo
Um dos pontos mais críticos e delicados da obra vem ocorrendo na rua Jorge Lacerda, rua da Prefeitura, onde justamente todos os obstáculos subterrâneos são encontrados.
Nesta semana, por exemplo, a equipe necessitou romper tubulações antigas do rio, com tubos de um metro de diâmetro, e também antigas galerias forno de pão, tudo para que a tubulação da rede de esgoto pudesse ser implantada seguindo o projeto, onde a profundidade de cada metro de tubo é planejada e calculada.
Por conta destas barreiras, as Secretarias de Planejamento e Urbanismo, de Obras, Samae, e empreiteira estão trabalhando na construção de caixas no entorno das tubulações e galerias, caixas estas que terão a função de dissipar a energia da correnteza e volume de água destas tubulações.
"Tudo isso foi planejado e o que estamos fazendo é garantir a qualidade desta obra. Os trabalhos vem causando transtornos, fechamento de pistas, congestionamentos, mas quando a obra estiver concluída os benefícios para a população serão muito maiores do que os transtornos que estamos enfrentando agora", disse o secretário de Planejamento e de Obras, Luiz Claudio Schuves.
Acessibilidade
Um grande diferencial desta obra é a questão da acessibilidade, onde ruas estão sendo pavimentadas e calçadas estão sendo revitalizadas.
Algumas vias terão alterações no trânsito, paisagismo, e o anel central da cidade será totalmente revitalizado para proporcionar uma grande área de passeio e circulação de pedestres, tudo de acordo com o Plano de Mobilidade Urbana que foi construído no município.
Os desafios para esta fase das obras também são grandes, pois a velocidade com que as calçadas são implantadas nas vias por onde a tubulação da rede de esgoto foi aplicada não é a mesma da implantação da rede, então o que se vê são diversos trechos de calçadas retiradas, em obras, e até mesmo com acesso prejudicado aos pedestres.
"Esta é uma fase delicada desta obra. Sabemos que alguns pontos ficaram mais críticos do que outros. A velocidade para construção das novas calçadas é limitada, temos que respeitar, temos que pedir realmente a paciência e compreensão da população, mas vale ressaltar que pelos trechos onde as calçadas já foram concluídas o que vemos é um trabalho excelente e que vem deixando a nossa cidade muito mais bonita e acessível", disse o presidente do Samae, Fridolino Van Den Bomm.
O Samae é quem vem construindo as novas calçadas, e a empresa contratada vem dedicando-se especialmente aos trabalhos, disponibilizando inclusive mais equipes para agilizar os trabalhos.
Desafios pela frente
A implantação da rede de esgoto está na fase final, e é justamente aí que grandes desafios serão enfrentados. O trecho da rua Jorge Lacerda que vem sendo executado e que prosseguirá até a esquina das ruas Capitão Ernesto Nunes e Padre Henrique Müller, depois do Ginástico, exigirá atenção, compreensão e paciência.
As ruas Jorge Zipperer e Thomas Vidal Teixeira (rua da delegacia sentido Topa Tudo) serão pavimentadas no mês de janeiro, e até lá as calçadas seguirão em obras para implantação de novos passeios e revitalização da via.
"Neste trecho onde as condições são mais críticas, pois teremos de retirar o calçamento e também uma camada do solo para preenchimento com rochas, iremos tentar causar o menor transtorno possível aos usuários. Iremos adotar medidas paliativas para amenizar os transtornos, mas até que a pavimentação seja concluída no mês de janeiro, necessitaremos do apoio de toda a comunidade", disse o secretário Luiz Claudio Schuves.
Medidas paliativas
Nesta semana alguns pontos críticos das obras foram mapeados para que algumas medidas paliativas sejam adotadas com o objetivo de melhorar o tráfego de veículos e também de pedestres pelos trechos onde as calçadas foram retiradas.
"Estamos verificando todo o trecho das obras e onde for necessário adotaremos alguma medida paliativa para melhorar o acesso para as pessoas. Não poderemos adotar medidas definitivas porque são trechos que receberão pavimentação e novas calçadas, mas estamos trabalhando para atender da melhor forma a população", foi a mensagem repassada pelo presidente do Samae Fridolino Van Den Boom e pelo secretário de Planejamento e de Obras Luiz Claudio Schuves.
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