Defesa Civil avalia estragos causados em Jaraguá do Sul

A Diretoria de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura de Jaraguá do Sul divulgou nesta terça-feira (19), um balanço das ocorrências registradas no último fim de semana e madrugada de segunda-feira, em função da chuva que atingiu o município. Desde a última sexta-feira (15), o acumulado de chuva foi de 199,6 milímetros, de acordo com os equipamentos monitorados pela Defesa Civil local. Este volume de água no solo causou deslizamentos, quedas de árvores e postes, alagamentos pontuais e a destruição de uma ponte de madeira. Os bairros onde que tiveram ocorrências registradas no 199 da Defesa Civil são: Água Verde, Amizade, Barra do Rio Cerro, Barra do Rio Molha, Boa Vista, Czerniewicz, Ilha da Figueira, Jaraguá Esquerdo, Nova Brasília, Tifa Martins, Vieira, Vila Baependi, Vila Nova e área rural de Rio da Luz I e II.As ocorrências mais graves foram nas regiões do Boa Vista e Ilha da Figueira. No primeiro, ocorreu deslizamento de encosta no pátio da Igreja São Benedito, o deslizamento de uma pedra contra uma casa na Rua Domingos Rosa – que atingiu o quarto onde um idoso de 68 anos dormia – e o deslizamento de um barranco nesta mesma rua, com queda de árvore que interrompeu o tráfego de veículos e obrigou uma família a sair do imóvel devido ao risco de desabamento. Já no bairro Ilha da Figueira, duas famílias tiveram de deixar as casas construídas no mesmo terreno depois que o barranco cedeu e atingiu as paredes dos fundos dos dois imóveis. Apesar de todos os imóveis estarem ocupados e os fatos terem ocorrido na madrugada de segunda-feira (18), ninguém se feriu. Esses imóveis foram vistoriados pela equipe da Defesa Civil, que esta fazendo a avaliação de cada caso para definir as medidas a serem adotadas na sequência pelos proprietários, já que se encontram em áreas mapeadas.Em relação à ponte localizada na Rua Alfredo Gielow, no Rio Cerro I, a estrutura foi levada pela cheia do Rio Cerro. O fato foi confirmado pouco antes do meio dia de segunda-feira, quando o nível  do rio baixou. Uma equipe da Defesa Civil fez a sinalização do local para evitar acidentes, colocando fitas e placas informando a interrupção do acesso. Enquanto isso, está sendo preparado relatório a ser enviado à Defesa Civil Estadual para solicitar um kit de transposição para instalação no local. No entanto, não há prazo para isso acontecer. A alternativa aos moradores daquela região é utilizar os acessos entre a Rua Amandus Rengel e a SC-110 pelas ruas Leopoldo Schunke (próximo à Sociedade Alvorada) e Virgilio Demarchi (perto da empresa Nanete Malhas).O Diretor da Defesa Civil, Hideraldo Colle, ressalta que foram registradas neste período 48 ocorrências, pelo telefone de emergência 199. E considera que apesar de haver alagamentos, foram pontuais, já que em locais onde houve a intervenção por parte da Prefeitura, as ocorrências diminuíram significativamente. “Nos últimos dois anos, a Prefeitura investiu na construção de enrocamentos, desobstrução de tubulações, construção de bocas de lobo, trocas de tubos por diâmetros maiores, a limpeza dos rios e pilares de pontes, e o próprio bota fora que evitou que lixo e entulhos fossem carregados para o leito dos rios. Isso, certamente, auxiliou para diminuir o impacto desta chuva”, enfatiza.