São Bento do Sul define os cinco eixos do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico

As ações do Programa São Bento Empreendedora estão a todo vapor em São Bento do Sul. Na última terça-feira (22), entidades públicas e privadas estiveram reunidas no auditório da CDL para deliberar os cinco eixos de trabalho que vão nortear o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico (PEDEM) do município.

Ao fim de uma extensa programação, empresários e entidades definiram que tecnologia, indústria, educação, saúde e serviços são os eixos prioritários para fomentar o desenvolvimento econômico com aproveitamento das potencialidades locais. As sugestões de setores foram elaboradas com base em um estudo feito pelo Sebrae/SC. O setor de turismo também foi incluído no PEDEM, mas já passou por projeto de planejamento.

"O PEDEM é de extrema importância para o município e deve ser visto como um momento ímpar para empresários e instituições se unirem por uma São Bento melhor para as novas gerações. Por isso, a participação das lideranças empresariais é fundamental para elaborar um plano que traduza as reais necessidades para o desenvolvimento econômico", comenta a consultora do Sebrae, Juliana Borges Ferreira.

Agora, novos encontros serão promovidos para planejar e definir as diretrizes de cada ponto. O próximo encontro do PEDEM já está agendado para o dia 19 de junho.

Indústria e Tecnologia em destaque

Atualmente mais da metade da força econômica de São Bento do Sul vem da indústria (64,9%). Neste cenário, os segmentos moveleiro (17,4%) e metal-mecânico (16,7%), por exemplo, possuem grande expressividade. Mas, conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Adelino Denk, para que a cidade continue a crescer é preciso investir em tecnologia.

“Esse é um eixo transversal, pois, com tecnologia, conseguimos alavancar os demais setores. Na falta dela, o empresário busca em outros locais ou fica estagnado”, destaca.

Dados de 2010 apontam que São Bento do Sul tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,782, o que coloca a cidade na 25ª posição no ranking estadual. Em compensação, é apenas a 42ª colocada quando o quesito avaliado é PIB per capita.

“Isso acontece porque a cidade é uma economia baseada na indústria de grande escala, com grandes empresas, onde a remuneração não é tão alta assim. Precisamos fomentar o desenvolvimento econômico através de negócios inovadores, que agreguem valor e renda ao salário da população”, explica o secretário.

A finalização do Centro de Inovação é o primeiro passo para mudar essa realidade. A obra, que está parada desde 2016, deve ser retomada nos próximos dias. O termo aditivo de continuidade - após o abandono da construção pela antiga empreiteira - já foi assinado. Depois de pronto, o espaço vai atender nove cidades da região e contribuirá para transformar o município em um polo tecnológico.

O modelo preconiza o trabalho em conjunto entre governo x universidades x iniciativa privada. A expectativa é que o Centro de Inovação esteja finalizado até o fim de 2018.