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AMOR DE MÃE - JÚLIO CHEGOU PARA UNIR A FAMÍLIA

Sexta, 11 de maio de 2018

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Além de nascer com malformação do crânio, o menino perdeu a função renal e agora precisa de transplante.

 

          O amor de mãe é o sentimento que mais se aproxima do conceito de divindade. Ele é abrangente, incondicional e propulsor. Sua essência está interligada a outros sentimentos nobres, entre eles, perdão, altruísmo, dedicação, renúncia, saudade, coragem, fé, solidariedade, amizade, felicidade e doação. É simbolizado na forma de um coração e se manifesta a partir de sementes germinadas pelo próprio coração. Nenhuma escala do universo é capaz de medir essa força infinita. 

           Na Fundação Pró-Rim, vimos com freqüência histórias de mães e filhos que produzem capítulos molhados por lágrimas de apreensão e sorrisos iluminados de felicidade. Não importa a idade dos filhos. Para elas, serão sempre crias indefesas e dependentes da proteção materna. Por isso, no Dia das Mães, é preciso entender que elas gostam, mas não ligam tanto para presentes e nem homenagens. Na verdade, o que elas mais querem é tê-los por perto, o tempo todo, envoltos nos seus braços.

          As mães são a memória dos filhos. “Não se esqueça do agasalho, do guarda-chuva, da comida na hora certa, de dormir cedo e, principalmente, de ligar para a sua mãe nem que seja apenas para dar boa noite ou pedir a benção”. Afinal, os filhos são pedaços delas, as partes mais importantes que elas geraram. Para cada um, em cada pedacinho dos filhos, é direcionado o amor mais puro e incondicional.

SEM CHÃO

          O que era para ser um exame pré-natal esperado com alegria e emoção acabou se transformando em momento de profunda tristeza para Fabiane Stal, que mora em São Bento do Sul (SC). O feto foi diagnosticado com encefalocele occipital, o que significa na linguagem médica uma falha óssea associada.

          A mãe só avaliou a gravidade do que estava acontecendo ao ouvir a recomendação médica que o melhor a fazer seria interromper a gravidez. Tudo isso aconteceu em 2004, mas ela recorda como se fosse hoje: “O mundo desabou sobre mim. Foi assustador. Fiquei sem chão e não conseguia aceitar este acontecimento comigo e com o meu bebê”, lembra Fabiane. 

    

 

 

SOFRIMENTO E FÉ

          Depois de buscar mais informações sobre o diagnóstico, ela decidiu enfrentar todos os riscos e levar adiante a gravidez. “Tomei a decisão mais importante da minha vida. Como mãe, a minha missão sagrada era proteger o meu filho em todas as circunstâncias e enfrentando todas as consequências. E este era o momento em que ele estava fragilizado e precisando muito de mim. Nunca pensei em abandoná-lo. Para isso, a minha fé inabalável se encarregou de me fortalecer, embora todo o sofrimento” descreve a mãe.

          Júlio nasceu em 14 de junho de 2005. “É um menino valente que luta para viver. Começou a falar e andar com 10 anos. Tem a idade mental de uma criança de cinco anos, mas ensinou a todos da família como se ama incondicionalmente”, atesta Fabiane.

          Além de tudo, em 2015, os rins de Júlio pararam de funcionar e ele se submeteu ao tratamento de diálise peritoneal. A doença renal não teve nada a ver com a malformação do crânio e do cérebro, explica a mãe. O menino entrou na lista de espera para fazer um transplante de rim.

          A família ficou eufórica quando no fim do ano passado ele foi chamado às pressas ao hospital, pois havia um rim à sua disposição. “No entanto, o último teste de compatibilidade deu negativo e o transplante não pode acontecer. Chorei muito, mas continuo otimista e sei que logo vai aparecer outro rim para ele”, acredita a mãe.

          Quando fala do filho, Fabiane se emociona: “É a criatura mais doce que conheço. Apesar de toda a limitação, ele demonstra que é muito feliz quando brinca com os seus carrinhos, ao usar o celular e o computador, ou quando ouve as músicas gauchescas que tanto gosta e assiste ao Flamengo jogar na TV. Não reclama de nada, está sempre sorrindo e é muito carinhoso com todos.

          Ela conta que Júlio fica alegre e sorri muito quando revê a equipe da Fundação Pró-Rim nas consultas. Emociona-se quando fala da sua dedicação ao filho. “A minha filha mais nova tinha muito ciúme do irmãozinho. Então expliquei que ele precisa muito da gente. Ela entendeu e hoje é uma espécie de segunda mãe do menino. Vivo 24 horas por dia para atendê-lo e fico realizada como mãe em poder lhe dar essa proteção. Além de me transformar em uma pessoa melhor, o Júlio veio com a missão de unir a família”, conclui Fabiane. 

          No Dia das Mães deste ano ela pretende comemorar mais uma vez a data com muita alegria, ao lado do Júlio e de toda a família. “Tudo o que acontece na vida da gente tem sempre um propósito. O Júlio chegou para testar a minha capacidade de amar. Descobri então que ela é ilimitada”, diz a mãe emocionada.   



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