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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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‌Dom 11 de fevereiro de 2018 6º Domingo do Tempo Comum


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MENSAGEM DO EVANGELHO

        Neste, 6º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos
1,40-45, depois de exorcismos diante de pessoas que se achavam
possuídas por demônios e de curar doentes, Jesus vai realizar um
milagre em favor de um leproso, um excluído em todos os sentidos: da
casa, da Sinagoga, do convívio social. Mais do que curar, Jesus
reintegra esse homem na vida comunitária. A narração não diz o nome do
leproso, nem o lugar, nem o tempo em que foi curado. Nas sociedades
antigas, a lepra vinha acompanhada pela morte social e religiosa. O
leproso era excluído da sociedade e do culto: era um morto vivo. Devia
observar uma única lei: proclamar o seu mal para que ninguém se
aproximasse dele. É a atitude de humildade mais humana que existe:
cair de joelhos. E este gesto somente deve ser exercido diante de
Deus. Mover-se de compaixão é mais do que misericórdia, coração: são
as entranhas que se comovem; é todo o ser, rins, pulmões, fígado e
coração. Este sentimento de compaixão é reservado em Marcos e Mateus,
somente para Jesus. As profecias previam esta atitude do Messias que
viria: ele teria compaixão das misérias do seu povo! É uma decisão
firme de Jesus, pois curar um leproso é como ressuscitar um morto: só
Deus é capaz de realizar tal prodígio. A lei fazia separações: puro e
impuro, bem e mal, justos e pecadores. Com isso criava divisões,
segregações e exclusões. A Lei é impotente. Jesus é aquele que
integra, une, supera as divisões. É o que os biblistas chamam de
‘segredo messiânico’ do Evangelho de Marcos. Jesus proíbe a divulgação
dos fatos que realiza para não atrapalhar seu projeto salvífico e para
não ser reconhecido como um milagreiro. Somente depois de sua Paixão,
Morte e Ressurreição é que aquilo que Ele fez deverá ser anunciado por
todos os lugares. Há um contraste entre a função do sacerdote que se
limitava a constatar a cura, e a ação de Jesus que cura e purifica.
Isso demonstra a eficácia da palavra de Jesus em oposição à ineficácia
da Lei que excluía. A Lei prescrevia a oferta que o leproso curado
devia oferecer. Jesus o envia aos sacerdotes para que sirva de
testemunho para aqueles que se apegavam unicamente à letra da Lei.
Esta ordem de Jesus não foi obedecida por ninguém: não contar os
sinais e milagres que Ele realiza. É preciso colocar-se na situação
destas pessoas que viviam excluídas e marginalizadas: alguém se
lembrou delas, teve compaixão. Não há quem consiga guardar este
segredo e não dizer a todos que Deus está do seu lado! A cura do
leproso volta-se contra Jesus fazendo o efeito contrário. Ele não
podia mais entrar na cidade e sair livremente, tinha que ficar do lado
de fora, em lugares desertos. Jesus se vê condenado à situação em que
estava o leproso que ele tocou. É consequência da sua paixão por nós:
tocando-nos, tomou sobre si os nossos males. Quando Jesus se retira,
impuro, banido e marcado para morrer como o leprosos, todos vão ao seu
encontro. O vértice dessa ‘lei da ação divina’ se manifestará na cruz,
quando Jesus, levantará como um maldito, atrairá todos a Si e os
salvará. O leproso curado simboliza a passagem do homem velho, que a
lei relega à morte, ao homem novo, que anuncia a ‘boa notícia’. Se a
sogra de Pedro foi a primeira ‘escriba’, o leproso foi o primeiro
‘apóstolo’, o primeiro enviado. Simboliza a pessoa batizada, que, como
Naamã, o sírio, sai do Jordão com a pele limpa como a de um
recém-nascido. O leproso curado torna-se o primeiro apóstolo, enviado.
Jesus o envia ao Templo de Jerusalém para anunciar a Boa Notícia. Ele
é anuncio vivo do Evangelho, testemunha viva do Reino de Deus. O
segundo apóstolo será o ex-endemoniado: ao invés de evangelizar os
judeus, no Templo de Jerusalém, ele vai evangelizar os pagãos. Fica um
questionamento para nós: quem são os ‘leprosos’ desta sociedade
excludente e que marginaliza tantos irmãos e irmãs nossos?

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