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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Dom 8 de outubro de 2017 - 27º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 08 de outubro de 2017

 

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MENSAGEM DO EVANGELHO

          Neste, 27º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus 21,33-43, Jesus passa um bom tempo em Jerusalém ensinado onde fala e ensina por meio de parábolas. Os discursos e parábolas vão revelando qual é a missão de Jesus, quem é o Messias e o que é o Reino dos Céus que ele veio estabelecer.

Os judeus questionam a autoridade de Jesus enquanto ensina. Para falar sobre este tema, Jesus conta três parábolas: a parábola dos dois filhos, que mostra a autoridade de Jesus reconhecida pela obediência; a parábola dos vinhateiros homicidas e a parábola do banquete nupcial, que mostra o convite do rei desprezado. A vinha é o símbolo de Israel, identificado no Antigo e no Novo Testamento. A história mostra como o proprietário vai construindo sua vinha, tendo como base a passagem de Isaías 5,1-7. Deus é identificado como o proprietário, que dá todo o necessário para que a vinha produza seus frutos: proteção, estrutura, ferramentas e segurança. Os leitores, deste Evangelho, estavam familiarizados com o mundo bíblico. Rapidamente conseguem identificar que os primeiros empregados são os Profetas chamados de ‘anteriores’ e ‘posteriores’. Na tradição judaica e bíblica, há muitos relatos de morte e assassinato de profetas.

A parábola dá um motivo para que o filho seja enviado: não se trata de uma base legal que dá autoridade para o filho fazer as cobranças para o pai. A base é moral: talvez os trabalhadores respeitem por ser filho. Os vinhateiros não pensam em outra coisa, senão na herança. Assim como os irmãos de José, não tem dúvidas e decidem matar o herdeiro legítimo dos bens do proprietário. Logo se nota a incoerência na fala dos vinhateiros. Pensam que por meio da morte do herdeiro eles podem passar a possuir a herança e se esquecem que o pai continua vivo e fará justiça sobre o ocorrido. A imagem aqui é a da morte de Jesus, que se dá fora de Jerusalém, no Gólgota.

Não há dúvida: são os chefes dos judeus os que poderiam pensar na herança e que irão matar Jesus fora de Jerusalém. Ao perguntar sobre a reação do dono da vinha, Jesus coloca na boca de seus algozes sua condenação e mostra a consciência que tinha quanto à gravidade do que iriam fazer ao condená-lo à morte. O argumento que Jesus usa é bíblico, segundo a tradição cristã, a Bíblia dava testemunho do Messias, como na passagem dita por Jesus. Ele se identifica com aquele que foi rejeitado ao longo da história. A expressão mais importante desta parábola está no versículo 42: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”.

Jesus mostra qual é o seu poder e de onde lhe vem: é o poder da ‘pedra descartada’, que se tornou “pedra angular”, é o poder do Filho crucificado e ressuscitado. Como anuncia Paulo aos Coríntios, o que é loucura e fraqueza para os sábios e poderosos. É sabedoria e o poder de Deus, que salva o homem, destruindo os seus delírios de onipotência! Todo o povo de Israel, por suas contínuas recusas dos enviados de Deus, sofrerá as consequências, especialmente porque matarão o Filho de Deus. Abre-se espaço para um novo Israel, formado por todos aqueles que dão frutos, inclusive estrangeiros. A parábola mostra o cuidado que tem Deus por sua ‘vinha’, que Israel, que será a Igreja, que somos nós. Mostra o seu amor com fatos, para compreendermos e produzirmos os frutos que nos tornem semelhantes a Ele. À medida que Deus multiplica seus gestos de bondade, multiplicamos os nossos de maldade. O Pai manda ‘o’ Filho.

É quando vem à tona a nossa intenção secreta: mata-lo para ficar com a herança. E é quando, paradoxalmente, obtemos a sua herança: temos em nossas mãos o fruto que nos torna semelhantes a Deus! A morte do Filho na cruz revela a destrutividade do nosso egoísmo e a força do amor de Deus. Essa é a obra maravilhosa de Deus; a nossa miséria provoca a sua misericórdia! Devemos nos posicionar: estamos junto da geração perversa que não reconhece a ação de Deus na história e a fala de Deus por meio dos profetas e de Jesus ou queremos ser o novo Israel, que acolhe o Reino dos Céus com seus bons frutos. 

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