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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Dom 13 de agosto de 2017 19º Domingo do Tempo Comum

Domingo, 13 de agosto de 2017

 

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MENSAGEM DO EVANGELHO

 

          Neste, 19º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Mateus 14,22-33, depois da multiplicação dos pães, narra o acontecimento de Jesus caminhado sobre as águas. Os discípulos missionários, testemunhas do milagre dos pães, são colocados em uma situação na qual a fé deles é colocada em prova. É uma grande mensagem para a Igreja primitiva, que passava por provações e grandes dificuldades e são chamados a manifestar sua fé, mesmo em tempo adverso. Jesus estava cercado pelas multidões. Todos experimentam o fruto da misericórdia de Jesus, que tem compaixão da multidão e dá de comer a todos. Os discípulos missionários contemplam a grandeza do amor de Jesus. Serão colocados em uma situação difícil. Será que serão capazes de reconhecê-lo quando a situação não é tão favorável? O leitor do Evangelho de Mateus já havia deparado com os discípulos missionários dentro da barca, no acontecimento da tempestade acalmada. Mas logo se percebe a diferença: Antes Jesus estava com eles; agora, decide ficar em terra. Na Bíblia, o mar é diretamente associado ao desconhecido.

Os judeus não eram grandes navegadores. O mar é o lugar dos monstros marinhos e representa o mundo do caos, das potencias infernais e da morte. Na visão judaica de mundo, Deus habitava acima da abóbada celeste. Os lugares altos, as montanhas, são o lugar em que o homem se aproxima da morada divina. São considerados lugar de encontro e intimidade com o Senhor. A noite representa o momento difícil. Em Lucas, os discípulos missionários de Emaús perdem a companhia de Jesus porque a noite chegava: “Permanece conosco, pois cai a tarde e a noite já declina”. Cristo irá ao encontro dos discípulos missionários para iluminar seu caminho noturno. Os discípulos missionários estão em uma situação complicada: não podem fugir para nenhum lugar, já estão no meio do lago. A situação é desanimadora: a solidão das assustadoras águas, a noite chegando, a distância da terra. Acrescenta-se o vento contrário e as ondas crescentes.

O termo grego traduzido como ‘agitar’ pode se lido como ‘atormentar’, usado na Bíblia para o sofrimento humano. O tempo entre as três e as seis da manhã é o tempo bíblico do socorro de Deus e, para os cristãos, é o tempo da ressurreição de Jesus. No meio do desespero dos discípulos missionários, Jesus vem ao encontro deles. Não está dormindo na barca, esperando ser despertado. Vem como luz, caminhando sobre a morte e a insegurança, mostrando que sua presença vence a tormenta e é mais forte que o mar aterrorizante. Os discípulos missionários, já impactados com sua situação, pensam que o que estava mal pode ficar pior: um fantasma está se aproximando deles! Somente o olhar da fé poderá enxergar, no meio do mar bravio, o mesmo Jesus cheio de compaixão que alimentava a multidão.

A voz de Jesus repete um grande refrão do Antigo Testamento: Deus frequentemente fala aos antepassados de Israel “não temas, sou eu”. Assim como Moisés teve o amparo de Deus, a certeza de sua presença e foi liberto das águas, os discípulos missionários podem experimentar a segurança de Jesus. O medo é a reação humana esperada nessa situação. Mas os discípulos missionários, não conseguindo reconhecer seu Senhor no meio da tribulação, mostram com seu medo um sinal de pouca fé. Jesus não acalma a tempestade instantaneamente e entra na barca. Espera uma resposta dos discípulos missionários, que o reconheçam como seu Senhor. Os lábios de Pedro chamam Jesus de ‘Kirios’, Senhor, verdadeiro Deus. Seu pedido é uma mostra de fé: sabe que o suposto “fantasma” tem poder sobre as águas, sobre a morte e o sofrimento. A Palavra de Jesus é capaz de capacitar Pedro para o impossível: caminhar sobre as águas. Seus discípulos missionários ganham a força de vencer as tempestades que aparecem diferentes momentos da caminhada da Igreja. A fé pede perseverança. Não é um selo que se ganha uma vez e não precisa de luta diária para mantê-lo.

Pedro, sentindo o vento, preocupa-se mais com o mar com que a voz de Jesus, que diz “Vem!”. O resultado não pode ser outro: afunda! Jesus não acalma a tempestade, mas da força para vencê-la. Jesus estende a mão, oferece segurança e proteção, verdadeira salvação para aquele que o busca. A resposta de fé, fé perseverante, é o fim da tempestade. Somente depois de ensinar que a dúvida não faz parte do Reino dos Céus, Jesus estende seu poderio sobre o vento. “Tu és o Filho de Deus”! Este é o título cristológico mais importante para Mateus. É a primeira vez que esta confissão de fé aparece no Evangelho, antecipando Mateus 16,16. Os discípulos missionários manifestam a sua fé em Jesus, reconhecendo sua missão salvadora. A dor tem esta capacidade de nublar o olhar e distorcer a imagem de Deus que trazemos em nosso coração. Devemos permitir que a luz de Cristo ilumine a caminhada escura e vença os mares que aparecem em nossa vida. Ainda que o vento pareça forte e que a intervenção divina não pare o vento, o cristão caminha na certeza da proteção e cuidado de Deus. Pedro é símbolo de cada um de nós: quando voltamos o olhar para o Senhor e para o seu chamado, temos confiança e conseguimos avançar; quando fixamos nosso olhar nas dificuldades, nos amedrontamos e afundamos.

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