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Vereador e secretário municipal são investigados por sete crimes em São Bento do Sul, no Planalto No

Quinta, 10 de agosto de 2017


Dez pessoas estão sendo investigadas em São Bento Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS

Cerca de dez pessoas, incluindo um vereador eleito, um secretário municipal e dois servidores públicos comissionados da Prefeitura são investigados pela prática de sete crimes em São Bento do Sul, no Planalto Norte de Santa Catarina. A investigação da Polícia Civil aponta que eles teriam praticado os delitos de agiotagem, associação criminosa, compra de votosestelionato, falsificação de documentos, furto e lavagem de dinheiro.

Delegacia da Polícia Civil cumpriu na última quarta-feira 15 mandados de busca e apreensão e apreendeu cerca de R$ 40 mil em móveis, eletrodomésticos e roupas nas residências dos investigados. Também foram encontrados 242 cheques, 1.670 duplicatas e R$ 5 mil na casa de um agiota que participaria de um esquema juntamente com os demais suspeitos. 

O processo está em segredo de Justiça e os nomes não foram revelados. Segundo o delegado Odair Sobreira, que é o responsável pela investigação, a apuração começou a partir de uma denúncia de um integrante da Associação de Servidores Públicos (ASP) de São Bento do Sul. Primeiro foi descoberto que um grupo participaria de um esquema em que usaria um cartão de compras de uma servidora da associação para gastar em lojas, mercados e postos de combustíveis da cidade. 

De acordo com Sobreira, a servidora não tinha conhecimento do cartão e nem das compras que eram realizadas em seu nome.

— Tem uma empresa administradora dessas compras que a pessoa faz e no final esse valores são lançados na folha de pagamento do servidor. O problema é que chegava na associação, eles limpavam isso e não deixavam passar para o RH. A associação é quem pagava, exatamente para a servidora e o RH não saberem — explica.

A partir daí, a investigação chegou a um possível esquema de compra de votos dos suspeitos para eleger pelo menos dois candidatos. Um deles foi eleito na disputa municipal do ano passado. O grupo abastecia os veículos de eleitores em um único posto de combustíveis da cidade usando cartão e documentos falsificados de servidores em troca de votos. 

Segundo Sobreira, os valores gastos nesses cartões eram de R$ 6 mil a R$ 7 mil por mês, com informações de que teriam chegado a R$ 20 mil durante o período eleitoral.

— A gente não sabe ainda se esses valores foram restituídos para a associação, mas independentemente disso a compra de votos está caracterizada —garante.

Além disso, o delegado também investiga o envolvimento de um agiota com a associação. Sobreira explica que o homem usaria a ASP para poder praticar a agiotagem na cidade. Ele realizava o empréstimo para os servidores e a associação lançava os valores na folha de pagamento como se fosse um empréstimo bancário legal. O RH descontava o dinheiro, mas não sabia que se tratava de uma agiotagem.

— Ele ainda utilizava a associação para fazer empréstimo para terceiros e a associação ficava como uma espécie de avalista — acrescenta.

Inquérito em 30 dias

A Polícia Civil agora trabalha para concluir a investigação para entregar o inquérito dentro do prazo de 30 dias. O objetivo é esclarecer quais são todos os supostos envolvidos nos crimes. Na última quarta-feira, foram ouvidas 12 pessoas, mas nem todos são investigados pela polícia. 

Caso seja comprovada a participação do vereador eleito na compra de votos, ele poderá perder o cargo e ficar inelegível. No entanto, o crime eleitoral terá um encaminhamento pelo Ministério Público Eleitoral, que manteve diálogo com a Polícia Civil durante a investigação. 

A reportagem esteve na Associação dos Servidores Públicos na manhã desta quinta-feira, mas o presidente Sidnei da Silva não estava presente. Até o momento, a ASP não respondeu à solicitação de "A Notícia" para saber se o presidente se posicionaria a respeito da investigação.

"AN" também entrou em contato com o presidente da Câmara de Vereadores, Edimar Geraldo Salomon, para saber qual o impacto da investigação nos trabalhos dos parlamentares. Ele disse que soube do assunto apenas pela imprensa e ainda não conversou com o delegado para ter mais detalhes sobre a investigação. 

Segundo Salomon, ele sempre defendeu a lisura nos trabalhos dentro da Câmara e continuará cobrando isso de todos os vereadores. O nome do vereador investigado também não foi divulgado pela Polícia Civil.

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticia/2017/08/vereador-e-secretario-municipal-sao-investigados-por-sete-crimes-em-sao-bento-do-sul-no-planalto-norte-9866666.html?pagina=8



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