Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS

Os números não mentem: estamos diante de guerra urbana motivada pelo tráfico de drogas e comandada por facções criminosas de dentro do sistema prisional. São 75 mortes violentas e duas chacinas até a primeira quinzena de abril em Florianópolis. Mais uma vez questionado sobre a violência, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, lapidou nesta terça, uma das maiores pérolas do ano. Por meio da assessoria, saiu-se com essa: "A segurança em Santa Catarina é feita para as pessoas de bem". 

Imagine você, caro leitor, como o policial civil ou militar, os únicos que arriscam a vida nesta guerra, fará a partir de agora para efetuar esta seleção natural. Mas não tem problema, porque se existe alguém blindado no cargo é Grubba.

Enquanto isso
Policiais militares que atuam na linha de frente no combate à criminalidade no Norte da Ilha reclamam do que classificam de total falta de planejamento e coordenação nas ações de prevenção e repressão à violência. De acordo com eles, as operações são praticamente todas reativas, ou seja, desencadeadas depois de alguma ocorrência grave, como a matança registrada na madrugada desta terça.

Mutirão da inclusão
O primeiro dia do Espaço Inclusivo, organizado pela Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor, nesta terça, no centro de Florianópolis, superou as expectativas. Pelo menos 500 portadores de alguma deficiência ou necessidade especial foram atendidos em busca de emprego - 180 deles já conseguiram encaminhamento ao mercado de trabalho formal.

Foto: pmf / Divulgação

Omissão no parlamento
A repercussão da Lava-Jato em Santa Catarina foi praticamente ignorada durante a sessão desta terça na Assembleia Legislativa. O balaio de siri é tão grande que ninguém tem coragem de botar as garras pra fora.

Água mole em pedra dura
Os vereadores Afrânio Boppré, Marquito e Renato da Farmácia, do PSOL, Lela (PDT), Lino Peres (PT), Marcelo da Intendência (PP) e Gabriel Meurer (PSB) protocolaram recursos à decisão do presidente Guilherme Pereira (PR) que determinou na última quarta-feira o arquivamento das CPIs. Eles argumentam que não cabe ao presidente decidir sobre o mérito da abertura ou não de comissões parlamentares de inquérito.