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Comércio catarinense quer embolsar R$ 900 milhões do dinheiro do FGTS até agosto

Redes investem em propaganda focada nos saques das contas inativas e FCDL/SC faz campanha em rádios para estimular os consumidores a quitarem suas dívidas, restabelecendo o poder d

Quarta, 15 de março de 2017

De olho no dinheiro que começou a circular na última sexta-feira, quando tiveram início os saques das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o comércio catarinense tem a esperança de embolsar R$ 900 milhões até agosto, amortizando parte dos prejuízos provocados pela crise econômica. Para isso, algumas redes estão investindo em propaganda focada nessa clientela e a FCDL/SC (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina) realiza uma campanha em rádios para estimular os consumidores a quitarem suas dívidas, restabelecendo o poder de compra perdido com a inadimplência.

 

Nas lojas, ainda não se nota um aumento substancial do movimento provocado pelos saques, mas a expectativa geral é de incremento de 30% nas vendas nos próximos meses. “O fluxo maior no sábado passado foi mais pelos salários que os trabalhadores receberam no início do mês”, diz o gerente da unidade das lojas Koerich da rua Deodoro, no Centro de Florianópolis, Geomar Duarte. Ele acha que muitas pessoas pagarão dívidas contraídas no ano passado, embora uma parcela deva fazer novas compras e deixar o saldo devedor para trás.

Também de acordo com o gerente do Magazine Luiza do Centro, Claudinei de Andrade, ainda não foi possível sentir um aumento do movimento por conta do FGTS. “O pessoal deve usar mais esse dinheiro para limpar o nome e só daqui a dois ou três meses devemos sentir um efeito real disso”, avalia.

A Fecomércio/SC (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) trabalha com a possibilidade de 50% dos R$ 2,2 bilhões que os catarinenses têm para sacar irem para o pagamento de dívidas, 30% para o consumo e o restante para investimentos (poupança e outros). “A perspectiva é boa, porque o volume de recursos corresponde a quase a metade do 13º salário que todos os trabalhadores recebem no Estado a cada ano”, afirma o economista Luciano Córdova, da Fecomércio.

Se os números se confirmarem, o varejo em geral voltará a respirar depois da queda de 5,1% no volume de vendas em 2016. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi o pior ano para o setor desde 2001.

Endividamento das famílias é entrave para crescimento

O elevado endividamento das famílias é visto como um entrave para a retomada do crescimento, e nesse contexto a inadimplência é ainda mais nociva porque tende a manter os juros em alta. “Caindo a inadimplência, os juros descem, o crédito se expande e o consumo segue o mesmo caminho”, diz o economista Luciano Córdova.

Esse movimento pode ser verificado com clareza nos segmentos que mais sentiram a crise, como os de veículos, motos, móveis e eletrodomésticos. Em Santa Catarina, 18% das famílias estão endividadas, segundo Córdova, embora apenas 2% estejam na faixa acima dos 90 dias de inadimplência, que mais preocupa o comércio.

Estender os prazos de pagamento, diversificar os produtos e manter os preços estáveis são outras ações que o varejo pode realizar enquanto a retomada do crescimento econômico não vem. Para a FCDL/SC, ao retomarem a capacidade de negociação, após quitarem sues débitos, as famílias deixam de ter restrição nos cadastros e se reinserem no mercado. “Acredito que as pessoas utilizarão o valor logo após o saque, o que permitirá a injeção distribuída no decorrer do ano”, diz o vice-presidente para assuntos públicos e políticos da federação, Raul Weiss.

Nas contas da entidade, cerca de 500 mil pessoas poderão sacar dinheiro das contas inativas até 31 de julho no Estado, e desse total cerca de 94% tem até R$ 3.500 à disposição. A campanha de rádio da federação veicula um jingle em aproximadamente 60 emissoras de todas as regiões de Santa Catarina.

Consumidor analisa o que fará com o dinheiro do FGTS

A aposentada Elza Krefta, 60 anos, é um dos exemplos de quem ainda está analisando o que fará com o dinheiro do FGTS. Por enquanto, ela está pesquisando os preços de uma máquina de lavar roupas para a irmã, que será comprada com o recurso do fundo. Mas Elza também deve usar o dinheiro para pagar dívidas dos móveis de um apartamento que acabou de comprar e, se sobrar grana, pretende investir em TV e móveis.

A farmacêutica Alessandra Hemógenes, 39, madrugou na última sexta-feira para retirar o dinheiro do FGTS. Às 6h45 estava na fila da Caixa para sacar a verba de cinco contas inativas e, até ontem, gastou quase tudo. “Já paguei algumas dívidas, fiz o cabelo e agora vim aqui comprar um celular”, afirmou, sorridente.

 https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/comercio-catarinense-quer-embolsar-r-900-milhoes-do-dinheiro-do-fgts-ate-agosto



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