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Igreja católica proíbe guardar ou espalhar cinzas de mortos

Terça, 25 de outubro de 2016

 

Não está permitida a conservação das cinzas no lar nem a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água, ou sua conversão como lembranças segundo as novas disposições

Igreja católica proíbe guardar ou espalhar cinzas de mortos ALBERTO PIZZOLI/AFP

Cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da FéFoto: ALBERTO PIZZOLI / AFPAFPAFP

A igreja católica divulgou nesta terça-feira as novas diretrizes para a sepultura dos mortos e a conservação das cinzas daqueles que são cremados, através das quais proíbe espalhá-las ou mantê-las em casa. Segundo as normas, ilustradas no Vaticano pelo cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, as cinzas devem ser mantidas em um cemitério ou em um local sagrado.

Segundo as novas disposições, "não está permitida a conservação das cinzas no lar nem a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água, ou sua conversão como lembranças".

– Evita-se o risco de que os mortos sejam esquecidos por suas famílias e pela comunidade cristã, explicou à imprensa o cardeal alemão, cujo cargo costuma ser chamado de "guardião da fé".

– Também são evitados possíveis descuidos e falta de respeito por parte das gerações sucessivas – disse Müller.

Poucos dias antes da celebração do dia dos mortos, em 2 de novembro, a hierarquia da igreja católica lembra a importância que a morte e a ressurreição têm para os católicos. Também lembra que desde 1963 é permitida a cremação, uma prática que, reconhece, "se difundiu notavelmente em muitos países, mas que também esteve acompanhada pela propagação de ideias que estão em desacordo com a fé", disse.

Em casos "excepcionais e graves", os bispos locais podem conceder a permissão de conservar as cinzas em casa, como é o caso das zonas de guerra, onde a sepultura é dificultada.

A igreja católica proíbe claramente e de forma categórica que as cinzas se convertam "em recordações, joias e outros objetos", assim como a distribuição das cinzas de um falecido entre os diferentes parentes, uma recomendação que se aplica de forma retroativa às relíquias dos santos.

 

O texto do Vaticano reitera a posição tradicional da Igreja, que recomenda que os corpos dos falecidos sejam enterrados em cemitérios ou santuários. Com isso é encorajada a memória e a oração por parte da família e de toda a comunidade cristã, lembra o texto.

Conforme o documento, "caso o falecido tenha decidido pela cremação e dispersão de suas cinzas na natureza por razões contrárias à fé cristã, seu funeral deve ser negado, de acordo com a norma do direito".

Portanto, as pessoas que desejarem que suas cinzas sejam espalhadas não poderão ter funerais católicos, segundo a decisão aprovada pelo papa Francisco em março deste ano e divulgada sete meses depois.



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