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Exclusiva: Fernando Tureck prefeito de São Bento do Sul

Quinta, 23 de junho de 2016

Prefeito Tureck recebeu nossa reportagem e na ocasião falou de impechment,  política, gestão, obras. saúde, imbróglio com o Sagrada Família e reeleição.

 
 
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“Fiquei satisfeito com o resultado porque era um movimento de algumas pessoas que queriam se aproveitar da situação”
 
 
 
Ev – Prefeito como viu o resultado da votação na Câmara do pedido de licença para lhe cassar o mandato?

Tureck – Fiquei bastante satisfeito com o resultado pois acreditava que esse movimento todo,  esse processo era um movimento político de algumas pessoas que queriam se aproveitar politicamente da situação e que tinham como objetivo apenas denegrir a minha imagem, criar dificuldades na minha candidatura para a reeleição. Queriam criar um slogan de que “não adianta votar nele pois ele vai ser cassado”. Então fiquei muito feliz em poder contar com os votos do PMDB, do Grein do PSDB e do Edi Salomon do PP, que mostraram coerência por não se deixarem influenciar por pressões partidárias.
 
EV- Em algum momento chegou a temer pelo mandato?

Tureck – Não. Porque não havia feito nada de errado. Caso fosse levado a frente lá no final tenho certeza que ficaria provado que não havia nada de errado que pudesse levar a uma cassação.
 
Ev – Passado este episódio, em que o prefeito saiu fortalecido quais as metas até o final da gestão?

Tureck – Espero que a população tenha entendido isso. Que na verdade estamos tentando desde 2013, trabalhar, trabalhar, trabalhar e que existem algumas pessoas que querem travar o trabalho até chegar num extremo de querer pedir o impeachment do prefeito. É a turma do quanto pior, melhor. Espero sinceramente que a população consiga enxergar a seriedade com que estamos trabalhando. Sempre tenho dito e repetido que nossa administração pode ter erros, mas uma coisa que nos orgulhamos que quando terminarmos o mandato sairemos daqui da prefeitura sem levar um clips que não seja nosso. A honestidade e a correção são a marca da nossa gestão.

Ev – Sabemos que em nível nacional o problema de caixa é a tônica nas administrações. Como está em São Bento do Sul?

Tureck – Nos preocupamos também com a parte financeira da prefeitura. Os repasses do governo federal, estadual,  vem caindo mês a mês. O Fundo de Participação dos Municípios também está abaixo das nossas expectativas. Tudo isto faz com que a administração fique cada vez mais difícil, mais engessada. Temos que levar  as coisas na ponta do lápis para poder conseguir os investimentos, a prefeitura funcionando. Se formos comparar apesar de todas as dificuldades financeiras, somos uma das poucas prefeituras que consegue ter tantos investimentos como a nossa. Desde a questão da pavimentação até a questão da educação.  Por exemplo as vagas em creches aumentamos em cinquenta por cento. Hoje um terço de todas as vagas abertas, foram na nossa gestão. O número de salas da educação infantil aumentou em cinqüenta por cento, tudo isto no meio de um contexto financeiro, cenário político nacional bem negativo. Isso mostra quanto tivemos que nos esforçar para manter as coisas funcionando e crescendo.

Ev – O episódio fortalece sua decisão de concorrer à reeleição?
 

Tureck – Não interfere na verdade.

Ev- Já era uma decisão tomada?
 

Tureck – O que a gente conversa com o partido é que temos que trabalhar fazendo uma campanha limpa e mostrando aquilo que fizemos de bom e comparando a nossa gestão com outras. A nossa é muito positiva e temos dados que surpreendem a população cada vez que apresentamos. Isto é que temos que mostrar na campanha. O que não podemos aceitar é uma campanha criando factóides de impeachment, criando denúncias, enfim isso será um  problema da oposição e deles trabalharem. Nós vamos trabalhar mostrando propostas.

Ev – Na quinta-feira, 23, haverá mais um desdobramento na Câmara com a presença do secretário da Saúde para explicar a denúncia de perda de recursos pelo Hospital Sagrada Família. O que se pode esperar?

Tureck – Estranho o momento em que a irmã fez esta denúncia. Desde dezembro  de 2013, todo mundo, prefeitura, secretaria de Saúde e Hospital sabem do problema que houve com o credenciamento e sabiam a maneira de solucionar. A solução para este problema é fazer um novo credenciamento junto do IGH que é um outro incentivo que o governo criou, substituindo o anterior que foi perdido. Desde o começo de 2014 o Hospital se recusa a fazer isso. Então esse número de R$ 3.400  milhões não existe. É um valor de R$ 100 por mês e que poderiam ter sido recebidos anteriormente ou pelo novo IGH, só que o Hospital não quer fazer o credenciamento pois alegam que aumenta a responsabilidade do  Hospital. Na verdade aumenta na questão de transparência, na questão de gestão do Hospital. Não na questão de prestação de serviços.

EV- Esse novo credenciamento reverte a situação anterior, recupera os valores?

Tureck – Não. O atrasado não vem.  Acontece que lá no começo de 2014 já poderia ter acontecido o novo credenciamento, resolvido a questão e os valores não seriam os hoje reivindicados. Não existe como tentar recuperar o credenciamento que foi perdido.  Tem que fazer o novo que está aberto e resolve a questão daqui para a frente.

Ev- E o passado?

Tureck – Passado só foi criado devido o Hospital não ter feito a adesão ao IGH. Se tivesse feito no momento em que foi percebido o erro, não teria passado. Não teria ficado nenhum intervalo sem receber.

Ev- E a acusação que foi a prefeitura quem encaminhou errado o credenciamento?

Tureck – O secretário da Saúde, Deodato, está levantando  todas as trocas de correspondências, documentações que foram feitas em 2013, começo de 2014 para conseguirmos demonstrar certo tudo que aconteceu. Não quero te adiantar ainda para não acabar passando alguma informação incorreta. Mas há todo o conhecimento do Hospital, todo o trâmite  ocorreu em conjunto. Existem erros da parte da Prefeitura, parte da secretaria da Saúde e da parte do Hospital.
 
 
 
 
 
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"Desde dezembro de 2013, todo mundo, prefeitura, secretaria de Saúde e Hospital sabem do problema que houve com o credenciamento e sabiam a maneira de solucionar"
 
 
 
 
 
 
 
EV – Então todas as partes sabiam do fato?

- Tureck – Sim. Não é nada que se descobriu hoje. Desde 2013, repetindo, que se sabe que não houve o credenciamento e também se sabe a maneira para corrigir.

 Ev – O Hospital teria sido omisso em relação a ficar esperando o tempo passar sem receber os recursos?

Tureck – Esta questão até já foi discutida inclusive na Câmara de Vereadores em outro momento. A solução foi proposta lá atrás e o Hospital é que não aceitou. Não adianta tentar outras maneiras de contornar a não ser o novo credenciamento pelo IGH.

EV – Daqui para a frente?

Tureck – Só que esse daqui para frente já poderia ter acontecido lá no passado.

EV- Diante deste quadro. A quimioterapia está morta?

Tureck – Não. Inclusive no dia 23, quinta-feira, será feita a conferência do check list pela Secretaria de Saúde do estado aqui no Hospital. Então ainda tem chance de vir.

EV- É apenas uma fiscalização para ver se está tudo certo. Não é o credenciamento?

Tureck – Exato. É a fiscalização para ver se tudo que é necessário está ali.  Se estiver daí será encaminhado o pedido de credenciamento para o Governo do Estado.

EV- É apenas um exame de admissão e dependerá da palavra final do Ministério da Saúde?

Tureck- É um dia a dia e estamos cumprindo etapas.

Ev – Mas para quem era uma REALIDADE no dia 23 de agosto de 2013, está longe de acontecer. Faltam 60 dias para três anos da promessa?

Tureck – Houve mesmo foi uma precipitação. Mas o que estamos fazendo na verdade é seguir o caminho. Sabíamos que isto não seria de um  dia para outro. O importante é que estamos trabalhando para que isto aconteça.

Ev- Me pediram para cobrar do prefeito o banheiro para deficientes físicos na praça Getúlio Vargas?

Tureck – o CONDE vem cobrando bastante, mas o grande problema é a questão financeira. Estamos fazendo um trabalho na questão de acessibilidade, até aquela vez fomos juntos na Imigrantes onde já existe acessibilidade na pista de caminhada. Estamos construindo uma Capela Mortuária no Lençol, onde as instalações já contam com todas as condições de acessibilidade. Estamos fazendo um trabalho nos pontos de ônibus. No Terminal Urbano de passageiros em parceria com a concessionária que administra a  lanchonete fazendo toda a adaptação com pisos táteis, espaços para cadeirantes e na sequência dentro do planejamento fazer a adequação da Prefeitura e do banheiro da Praça. É mais uma questão orçamentária do que de vontade.

EV – Porque continuam obras de asfalto onde não existe rede de esgoto e também os proprietários não fazem a sua parte que são as calçadas para pedestres e tornar obrigatório a ligação do esgoto. Isso não deveria ser obrigatório através de lei?
 

Tureck – Vamos por parte então. As vias onde fizemos asfalto e que havia condições técnicas para implantação de esgoto foi feito. Seja através do esgoto já funcionando ou através de uma rede coletora, rede seca como o pessoal chama. Por exemplo lá na 25, onde foi feita uma pavimentação comunitária, antes foi colocada a rede de esgoto, na rua Ipê também. Existem vias onde tecnicamente é inviável pelo declives dos terrenos onde as casas estão abaixo do nível da rua, seja porque não foi definido para onde será o caimento devido a rua subir, descer e subir novamente o que exigiria várias elevatórias e bombeamento. Estão sendo estudadas soluções para estas situações. Calçadas e uma prioridade e que estamos cobrando dos moradores. Inclusive agora estão sendo notificados os proprietários e que já está surtindo resultado. Não serão as lombadas que irão dar segurança, mas sim as calçadas além do aspecto visual e de embelezamento.
 
Ev- O que esperar desta administração até o final do ano?

Tureck -  Temos ainda vários projetos, várias ações que estão em andamento. Por exemplo a pavimentação da  Augusto Wunderwald que está sendo feito todo o reforço na base das áreas mais afetadas, para na sequência fazer um recapeamento completo desde as proximidades do Lojão Topa Tudo até o trevo da Centenário. É uma obra emblemática, serão aplicados mais de R$ 7 milhões. Estamos concluindo também as obras da nova creche no Bairro Progresso, serão mais 90 vagas. Fora isso também tem a questão da saúde onde estamos construindo um Posto de Saúde no bairro Cruzeiro, e também estamos iniciando na próxima semana a construção de um CRAS na Vila União.

Ev – E a obra do novo  terminal urbano e Posto de Atendimento central?

Tureck – Esta é outra obra bastante emblemática mas que visa dar mais qualidade no atendimento a saúde, fazer um atendimento realmente mais humanizado. Colocar num único local todos os consultórios de especialidades, de exames de endoscopia, eletrocardiograma, ultrassom e também num segundo momento os consultórios de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, ter realmente um centro integrado onde o munícipe encontre num único local todo o atendimento que ele precisa para a saúde. Já conseguimos um financiamento de R$ 2 milhões junto ao BRDE, e estamos apenas aguardando a aprovação da Câmara de Vereadores para contratação, lançar a licitação e iniciar a obra. Pela questão eleitoral, obra que não iniciar até o dia 02 de julho, só depois das eleições. Independente disso temos que continuar correndo atrás da aprovação pelos vereadores para que possamos num prazo curto iniciar a obra. O projeto foi todo feito em parceria com a Amunesc. Com isso vamos substituir o prédio da antiga Cruz Vermelha e o do INSS. Isso a médio prazo se paga pela aluguel que não teremos mais.

Ev- O que o prefeito Tureck queria fazer, que não fez?

Tureck – Todo prefeito que assume quer fazer o maior número de pavimentações possível.  Também queríamos ter pavimentado mais vias, ter tido mais realizações de pavimentação. Comparando nossa gestão com outras, tivemos muito sucesso  na pavimentação.

Ev- E o tão falado novo acesso?

Tureck - Na verdade é bom esclarecer isto. Foi uma coisa que já começou torta. Torta porque quando foram pegar o licenciamento Ambiental, dividiram o projeto em três partes, para poder se esquivar de um estudo maior chamado de RIMA. Tanto é que lá em 2014  quando a FATMA veio vistoriar in-loco eles fizeram no próprio relatório deles observações que várias nascentes, córregos e alguns tipos de vegetação foram propositalmente omitidas no estudo inicial para fugir da RIMA. Houve este tipo  de situação que fez com que todo licenciamento Ambiental fosse  atrasado, retardado. Estamos correndo atrás seguindo as orientações da FATMA. Eles pediram primeiro que elaborássemos um termo de referência que deverá ser aprovado pelo colegiado da FATMA, para na sequência contratarmos  uma empresa especializada para efetuar novo estudo. Este estudo de engenharia leva mais de um ano para ficar pronto. Mesmo você tendo este estudo não há garantia que será liberado. Este estudo completo de vegetação,  flora, fauna, estações climáticas, o que impacta na localidade para depois definirem se será liberado ou não. Estamos na fase de contratação desta empresa para fazer o estudo.
 
 
 
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"Temos conversado com vários partidos, PCdoB, PSD, PV, PR para tentarmos ampliar a base de apoio para disputarmos a eleição com uma grande chance de vencer"
 
Ev- Pré-candidato a reeleição, como estão as coligações e o senhor continua com seu vice atual?

Tureck – Temos conversado com vários partidos, PCdoB, PSD, PV, PR para tentarmos ampliar a base de apoio para disputarmos a eleição  com uma grande chance de vencer. Iremos mostrar todas as nossas realizações nestes quatro anos. A questão  de quem vai ser vice ou não a ideia é conversar com todos os partidos aliados para desse grupo sair o nome. Pode até sair uma chapa pura, vai depender das conversas. 


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