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Mudar

Quinta, 25 de fevereiro de 2016

“Não se pode mudar a direção dos ventos, mas se pode mudar a direção das velas”, disse Denise Maurano em um belíssimo livro sobre a psicanálise. De todo o livro essa foi a frase mais profunda e marcante para mim. Lembrei-me de inúmeras pessoas que passaram pelo meu caminho pessoal e profissional.

Quando as pessoas se queixam dos males de suas vidas, costumam se queixar do mundo ao redor. Um exemplo bem fácil de entender seria o do obeso que chega ao psicólogo e diz que o problema de sua obesidade é que existe o churrasco, a coxinha, a pizza, o brigadeiro, a lasanha, o chocolate e todas aquelas delícias do mundo. Como assim? O problema é a criatividade dos cozinheiros? O problema é termos prazer ao comer? O problema é termos conquistado uma condição socioeconômica que nos permite adquirir esses alimentos? O problema é a falta de limites daquele que se queixa. Mas, ao invés de olhar para sua própria postura, o sujeito dedica-se a queixar-se de tudo que está ao seu redor. Reclamar, reclamar e reclamar, sempre. Esse é o lema da maioria das pessoas e não só daqueles que querem perder alguns ou muitos quilinhos.

Uso este exemplo por ser extremamente fácil de observar, mas as pessoas são assim com quase tudo. Elas ousam gastar seu precioso tempo divagando e, por vezes, discutindo sobre mudanças ao seu redor que deveriam acontecer para que seus problemas fossem resolvidos.  Divagam sobre a mudança externa, concretizando, assim, a fantasia de que o problema é exterior a si, colocando-se numa posição vitimizada, mesmo quando não o é.

As pessoas se agarram a suas posturas e esperam que o mundo mude para que elas não precisem mudar. Somente mudam quando são obrigadas a tal. Como se a mudança só fosse aceita quando não há mais saída e aí vem todo um sofrimento em abandonar a velha posição. Isso acontece mesmo quando o efeito da mudança é positivo, mas o efeito positivo, por vezes, está tão distante que o sujeito não se dispõe a caminhar até ele. Fica parado em sua posição de angústia, dor e sofrimento simplesmente porque sempre foi assim. Se o mundo fosse diferente, tudo seria diferente. Mas, sinto muito em informar, o mundo não vai mudar, a menos que você o mude.

Nossa frase inicial fala disso. Um capitão jamais consegue fazer com que o vento mude, o vento é grande demais pra ele. Mas, a possibilidade de alterar a posição das velas está inteiramente em suas mãos. Ao alterar sua posição o barco corre para outra direção, para a direção desejada. Nesse momento o vento é sentido diferente, parece até que mudou. A vida é assim.

As pessoas sabem o que querem, mas não estão dispostas a mudar para alcançar aquilo que desejam. Seja você a mudança que precisa. Quando parar de olhar apenas para o futuro e puder olhar para si mesmo, para suas ações, e mudá-las, seu objetivo poderá ser alcançado. E quando você chegar lá, vai parecer que o mundo mudou, que ele está diferente e estará, porque você agiu para que ele mudasse um pouquinho.



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