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Cléverson Israel Minikovsky

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Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)

Advogado

Filósofo

Jornalista (DRT 3792/SC)


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Deus é escriba

Quarta, 28 de outubro de 2015

 

Duma coisa podemos estar certos: a escrita é um fato social que está na base de nossa civilização. Dentro da escrita, o pensamento religioso, filosófico ou científico percorre livremente de forma organizada. Porque dentre tantos outros povos o povo judeu foi o que mais conseguiu se caracterizar e se autotipificar por meio de textos? Por certo, o judeu não nasce do judeu, assim como o escriba não nasce do escriba. É a vontade de Deus que se encarna e que emprega um espírito mais metódico e submisso para uma tarefa espiritual. Nossa sociedade é grafocêntrica, mas o povo judeu é inconcebível sem a escrita, desde os primórdios a escrita está com eles. Não duvido de que tenham sido os anjos que inventaram a grafia do hebraico. Mesmo aquele que dizia que a letra mata e o espírito vivifica era um leitor assíduo de textos veterotestamentários. Diria que através de nenhuns outros Deus se manifestou tão bem como através dos escribas. Deus só rechaça os doutores da Lei quando estes constroem uma série de subterfúgios para anular a mens legis. Por outro lado, qualquer que tenha sido a visão de Jesus Cristo, além de ser Filho de Deus, também Ele era um letrado. Jesus era frequentador assíduo da escola sabática. Ele conhecia como poucos o Antigo Testamento. Não é por acaso que o judeu é o povo com maior escolaridade do mundo: ele desde a mais tenra idade afia o intelecto com a leitura da Torá e do Talmud. Muita leitura: é disso que precisamos para compreender a nós mesmos, ao mundo e a Deus. Tão importante quanto a leitura de algo é a importância que se dá ao texto lido. É preciso reconstruir o texto mentalmente e tirar dele o máximo possível. Fica mais fácil pensar o texto quando o texto está memorizado e não apenas no papel. Há quem tenha aprendido a ler para ler a Bíblia. Há algo mais magnífico do que isto? Diria que ter a Bíblia como primeiro livro é até mesmo uma vantagem. Não se vai ao texto inquinado desde o princípio, mas com a mente aberta. A Bíblia ainda pode ser muito útil na aprendizagem de outro idioma, principalmente se se conhece a Bíblia profundamente no próprio vernáculo. Ler a Bíblia é uma ação de dar banho a si próprio. Você pode até não entendê-la, mas sairá do texto purificado. Não raro, é trigésima ou quadragésima leitura de um texto que ele se revela a você. Isto é magnífico! Este é o sentido de ter olhos e não ver. Logo, quem quer ver precisa ser persistente e abnegado. Mais que intelectualmente treinado adquirirá olhos espirituais que a outros faltam e cujo achado não se encontra em nenhuma outra parte.



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