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A vista do meu ponto - Jonny Zulauf


Advogado


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SETEMBRO CHEGOU

Terça, 15 de setembro de 2015

 

Todo brasileiro associa o mês de setembro com as festividades da pátria, cultuadas desde a infância pelos preparativos das solenidades que comemoram a independência do Brasil. Colégios, entidades civis e militares, todos preparam-se para o evento nacional. Aqui coincide a festividade com o dia do município, 23,  data oficial que marca a cidade com a sua fundação. Outros eventos culturais acontecem com as festas de setembro e outubro em Santa Catarina. O que nos anima, provocando reflexões e acalentando sonhos. É sem dúvida uma cidade e uma época que traz regozijo, quando emoldurada pelo período do ano em que renascem as flores, trazendo o perfume revitalizador da primavera.

 

MARCAS DA CIDADE

Muitas são as referências de toda ordem sobre a cidade. Fundada em 1873, tendo sido desmembrada de Joinville em 21 de maio de 1883. Está, portanto, historicamente ligada à da Colônia Dona Francisca, empreendimento privado de colonização promovido pela Sociedade Colonizadora de Hamburgo (Kolonisationsverein von 1849, Hamburg), organizada na cidade portuária homônima, na Alemanha, bem ao norte daquele país. Os imigrantes, por sua vez, eram originários de localidades próximas ao sul da Alemanha, com destaque à Baviera. Os austríacos, súditos do Império Austro-húngaro eram basicamente boêmios de língua alemã, oriundos da Boêmia (Böhmerwald - atual República Tcheca). Naturalmente vem com o imigrante a sua cultura. Daí, a preservação da língua alemã e seu dialeto da Baviera. As características da arquitetura, os esportes praticados na origem como o bolão, o tiro ao alvo, a ginástica, além do canto, das danças. Da mesma forma, a culinária, vestimentas e trajes, os costumes sociais, os cultos religiosos. Injustiça seria deixar de lado as etnias polonesa e italiana que também contribuíram para a identidade do povo de nossa terra, cada um com suas virtudes e características.

 

TECIDO CULTURAL

Resultante do programa de ocupação territorial em nossa região, considerando os que  efetivamente ficaram e se consolidaram para formar o perfil de nossa gente, é curioso observar que, mesmo vindos do norte da Alemanha, região dos prussianos, de religião predominantemente luterana, a grande leva de imigrantes que aportaram em Joinville entre 1850 a 1880, foram os Europeus supra declinados, originários principalmente da região mais ao sul, próximo aos Alpes. Mais simples e ligados ao campo, eram na maioria católicos. Uma vez em solo brasileiro, o comando e liderança assumidas pelo prussianos reservaram melhores espaços aos seus pares nos arredores de Joinville, já mais evoluída. Os outros, católicos austríacos, bávaros, húngaros, checos, enfim, foram remetidos para o interior, no alto da serra. Aqui, por sua vez, os germânicos dominaram e separaram, para outras regiões menos favoráveis, os demais imigrantes. Foram mandados para as caídas da serra em locais hoje denominados de Rio Mandioca e Rio Natal. O perfil dos que aqui se fixaram é de muita alegria, música, fé e força para o trabalho duro no campo e com a madeira.

 

AUSTERIDADE

Declarações do Prefeito Municipal nesta semana são alvissareiras. Uma a respeito das contas municipais que estão equilibradas. Limitados estamos todos em termos de capacidade de investimento, devido ao arrefecimento da economia como um todo. A austeridade louvável tem um preço político a curto prazo, sem dúvida. Mais difícil, entretanto, é a segunda notícia, realmente delicada pelos efeitos imediatos e de repercussão na administração por conta da cultura perdulária que identifica a vinculação política de partidos aliados, como mecenas vendendo seu apoio em troca de empregos (não trabalho) aos seus apadrinhados políticos, ou interesses pessoais e próprios. Diz o alcaide que vai diminuir o número de cargos de confiança em mais de 90 funções públicas. Um exemplo para o governo do Estado e de repercussão nacional para a esfera federal. Se confirmado o ato, será ovacionado. O município e a sociedade só tem a ganhar.

 

ILUSÕES

O homem médio gosta de viver de ilusões, basta ver o que aposta, joga, espera por luzes divinas, ou crendices e superstições. Mas isto há muito foi e deve ser afastado de atos e procedimentos lúcidos de qualquer ser racional. É irresponsável o cidadão que pauta sua vida ou seu discernimento sobre estas ilusões. Pelo menos se for ou quiser ser algo minimamente construtivo. Será um desclassificado se administrar qualquer atividade séria considerando as probabilidades de ganho com base na sorte ou em luzes do além. Igualmente alienado é quem esperar a cura na religião. Pura loteria. Claro que alguém melhorou, como curado estaria, se não acreditasse em milagres. Medonho é ouvir pessoas que só enxergam um lado. A expectativa vã sobre o certo, o bom, o evoluído, o bonito, afirmando que é tudo graças a Deus. Pobre criatura. É só comparar a média dos acontecimentos em sua volta, em todo o mundo, constatando-se um equilíbrio, tendendo ao negativo, o real arranjo da natureza, da vida, da evolução excluindo o mais fraco, o menos capaz, o incompetente. Cabe destacar, sem esquecer os milhares de pequeninos brasileiros que morrem todos os dias de fome e de frio, a capa da revista Veja desta semana, com a foto do pequeno Aylan, o menininho Sírio de 3 anos, morto na praia da Turquia, com a citação de Santo Agostinho: “Deus, sendo bom, fez as coisas boas. De onde então vem o mal?” Está lá, também, a resposta para tudo: “do homem”.

 



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