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“Essa tal felicidade...”

Terça, 01 de setembro de 2015

Cotidianamente ouvimos alguns comentários no consultório, desabafos e reivindicações, sobre essa tal felicidade. Nesses momentos, o conteúdo que se segue às lamúrias, são as comparações. “Mas, ‘poxa’, o Fulano é tão feliz, faz tantas coisas legais, está sempre numa boa”. O trabalho do dito Fulano é legal, o relacionamento amoroso dele é “super” legal, a casa dele é simples, mas é aconchegante, a comida é melhor, os filhos são lindos. “Tudo para o Fulano é fácil, queria ver se tivesse a minha vida!”

A vida do Fulano não é fácil não! Ele não faz coisas “mega” legais e interessantes que o deixam muito feliz porque sua vida é mais fácil. Nosso amigo Fulano parece, e talvez seja, mais feliz – se é que felicidade possa ser mensurada - porque trabalhou e trabalha muito para isso. Sim, essa tal felicidade dá um trabalho danado! Não se trata de um emprego com uma alta carga horária diária. Trata-se de se dar ao trabalho de ser gentil, paciente, perseverante, honesto, carinhoso, dedicado, criativo, amável e muito mais. E tudo isso dá trabalho. É necessário frear os ímpetos agressivos para tal, não só os seus próprios, mas também saber impor limites nos outros quando abordam a partir dessa lógica.

Isso não quer dizer que aquele se que queixa não trabalhe, no sentido aqui dado a esta palavra, mas trabalha na direção errada. Sua energia é mal empregada, seus impulsos estão muito livres, pois falta objetivo. Se a felicidade é um objetivo, é preciso saber do que ela é composta e lutar por isso. Cada um tem o seu jeito de ser feliz, não adianta comparações com a vida do Fulano. Mesmo porque, o motivo da comparação não são os aspectos materiais da vida dele, mas aquele ar de leveza e sorriso de canto de boca, expressão óbvia, inconfundível e indisfarçável de contentamento.

Aquele que se julga infeliz sente-se vitimizado pelo seu dia, sua semana, seu mês e precisa reclamar. Se engana ao pensar que o feliz não se cansa. Ele também fica muito cansado, exausto ao fim do dia e na sexta-feira, mas sabe que é só tomar um banho, conversar, dormir e pronto, estará renovado para um novo dia de muito trabalho. Seja o trabalho formal que lhe garante o sustento material, seja o trabalho pessoal de manter suas relações com um alto nível de satisfação. A virada de posição é fundamental para que, como o Fulano feliz, cada um possa ter a certeza de que o foco e o trabalho geram a colheita a cada instante de pequenos momentos de contentamento que alimentam essa tal felicidade...



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Maurélio Machado


Oi, adorei sua crônica sobre "Essa tal felicidade". Não sei sabes mas também tenho uma coluna aqui no Jornal e escrevi sobre a ESSA TAL FELICIDADE, quer conferir? http://www.jornalevolucao.com.br/noticias/14793/1/essa-tal-da-felicidade Espero que gostes e frequentes minha coluna, abraçosMaurélio

Responder      09/09/2015

Michell Foitte


Belo texto Livia. Expor cada vez mais o nosso olhar sobre o mundo. Atenciosamente, Michell Foitte.

Responder      09/09/2015

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