MUDANÇA CULTURAL

Há alguns anos atrás, nas ruas da nossa cidade poucas pessoas eram vistas andando a pé ou de bicicleta, exceto por necessidade na falta de alternativas para deslocamentos. Vieram opções do transporte coletivo, depois, mais recentemente a popularização do carro mudou comportamentos. Substituíram-se os grandes “estacionamentos” de bicicletas nas fábricas e no fundo das lojas, por um desafio diário para encontrar um lugar para estacionar o automóvel. Aliás, ainda, é também um sinal de status, de demonstração primária de escalada social. Entretanto, o efeito pêndulo, que se aplica a todas as tendências exageradas, é constatada nas ruas com centenas de pessoas caminhando diariamente de forma voluntária para exercitarem-se e retomarem um certo relacionamento social. A bicicleta, bici para os antigos e bike para os modernos, também vem voltando. Seja em equipamentos modernos e sofisticados ou mesmo de forma nostálgica, desenterrando dos depósitos de coisas velhas, antigas e charmosas Göricke, Prosdócimo, Caloi, Raileigh, Monark, Wanderer, Norman, Dürkopp, Adler, etc. Algumas com mais de 60 anos.

INSTITUIÇÕES EM CRISE

Além dos poderes executivos, em todas suas instâncias, corrompidos por falcatruas, algumas realmente desconhecidas do mandatário de plantão, como as máfias dos fiscais lá de São Paulo, a corrupção dos setores de compras e licitações lá no vale do Itajaí, os vereadores cassados lá no planalto serrano de Lages, assustam-nos as notícias de vícios muito mais graves dentro de Tribunal de Contas da União (de Brasília), do Ministério Público Estadual (de Florianópolis), do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (de Brasília), dos Juízes Federais (de São Paulo e Rio) dos Desembargadores (de São Paulo), dos Juízes do TRT (de São Paulo), dos prefeitos (de Mafra),  das empresas públicas e de economia mista – Petrobrás e BB (Rio e Brasília), causa perplexidade a complacência da sociedade. Resta pouco para acreditarmos, como acredito, que a maioria da população, bem como a verdadeira expressão das instituições ainda está voltada para o bem.

ADVOCACIA CRIMINAL

Mudará, sem dúvida o perfil da advocacia criminal. Sem atuar na área, sabemos por notória postura desta especializada advocacia, que após o processamento da operação Lava Jato, muitas práticas assumiram outra característica. Como pano de fundo desta operação, que na realidade está sendo um mestrado aos operadores do direito com a nova lei da Corrupção, onde se insere a Leniência. A estratégia de minar o próprio núcleo do sistema delituoso está trazendo resultados incríveis. Se é certo que para estes crimes colossais em termos de expressão econômica sempre agem vários agentes e que, captado um,  este logo e  logicamente buscará a salvação com a denúncia de outros envolvidos.  Estes delitos, como a maioria sobre capital e patrimônio reúnem vários partícipes, passam a ser vulneráveis e se implodirão sistematicamente a exemplo do extraordinário processo que assistimos dia a dia,on line. Tudo é novo e novas terão de ser as estratégias dos criminalistas.

DILMA, LULA E O ÁLCOOL

A insensibilidade e o descaso do PT atingiram a produção do etanol, energia limpa e renovável, orgulho do país. Em reação inteligente para com a crise do petróleo iniciada em 1973, o governo, em 1975, lançou o Programa Nacional do Álcool, o Proálcool, que se tornou então referência mundial. O PT rasgou aquele compromisso histórico com o ambiente. Manobrou a opinião pública, levando parte da população a acreditar que o acesso a veículos, fruto do endividamento familiar substituiria qualquer outro transporte digno e menos poluente. Estes, hoje sabem que foram enganados. A gasolina encareceu, o poder de compra dos salários caiu, o desemprego aumentou e os centros urbanos continuam sem alternativa para o transporte público. O governo do PT, iludiu e poluiu o Brasil. Malfeitos e irresponsabilidades foram praticados pelo mesmo, que implantou a gestão mais corrupta da história da Petrobrás. Não bastasse isso, Dilma e o Lula transformaram a Petrobrás na empresa mais endividada do mundo.

RESSACA

De olho na reeleição, Dilma passou a controlar o preço dos combustíveis, punindo as usinas de açúcar, álcool e energia. Segundo a associação nacional do fabricantes de Álcool, a vinculação com o preço congelado da gasolina fez com que chegássemos a uma triste realidade: 80 usinas fechadas, 67 em recuperação judicial e, das 355 em operação, a previsão é de fechamento de mais 10 no centro-sul e em igual número no Nordeste, ainda este ano. O que foi fantástico em termos de inovação alternativa na matriz energética nacional na década de 70, acabou sendo destroçado por mais uma política maldita de um governo irresponsável. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos, mesmo sem clima propício para o cultivo da cana de açúcar, utilizam o milho para fazer o etanol e produziram no ano passado,  51,7 milhões de litros, contra 27,5 milhões de litros em 2014. O mal que o governo petista causou ao ambiente é irreparável. Apenas o uso do etanol e da bioeletricidade seria suficiente para posicionar o país acima da média mundial em energias limpas e renováveis que hoje é de 13,2%.