Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

A vista do meu ponto - Jonny Zulauf


Advogado


Veja mais colunas de A vista do meu ponto - Jonny Zulauf

YO NO CREO EN BRUJAS, PERO QUE LAS HAY, LAS HAY

Quarta, 12 de agosto de 2015

 

A frase extraída do livro Dom Quixote é de Miguel de Cervantes Saavedra (29/09/1547 à 22/04/1616), pois as bruxas sempre estiveram à solta e de tempos em tempos elas ressurgem para a desgraça de todos. Isto poderia gerar um profundo estudo sobre os propósitos da presidente Dilma nos malfeitos que está a praticar em sua gestão. Mas, como “yo no creo en brujas”, só posso entender que as afirmações oficiais dos insignes representantes do Governo Federal, sejam verdadeiros e que toda esta história de corrupção e crise que é passageira, como dizem, é fruto de uma maldosa elite branca aliada a grande mídia nacional dominada pelas lideranças da direita que só quer atrapalhar os trabalhos do PT,  derrubando a maior glória nacional de que o Petróleo é nosso! Nosso? Da turma do Zé? Toda esta “questã” como afirma o grande guru que nunca sabe de nada -  e tem um filhote dele andando por aqui usando esta mesma simulada simplicidade, vendendo influências e soluções mágicas, por puro amor a pátria -  é só intriga da oposição. Ora. Chega de palhaçada. Com “brujas”, alguns deveriam ser queimados em fogueiras, antes, porém, passar pela inquisição no melhor padrão da idade média, por especialistas cristãos em estimulantes torturas para obter confissões. Caso “no las hay”, que passem pelo crivo do Dr. Sérgio Moro, experimentem a cadeia e devolvam o que roubaram no maior escândalo de corrupção do história da humanidade. “Yo creo”.

 

PAI DA HOMEOPATIA

Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu em 1755 em Meissen, na Alemanha. Iniciou o curso de Medicina na Universidade de Leipzig, transferindo-se depois para Viena. Na tradução do tratado Matéria Médica, do inglês Willian Cullen, que relatava as propriedades curativas da Chinchona officinalis, ou quinina, contra a malária, intrigado, Hahnemann testou em si mesmo a substância e desenvolveu sintomas semelhantes aos da doença. Subitamente, tomou consciência do que ocorrera: quinina acarretava sintomas semelhantes aos apresentados pela enfermidade que curava. Curioso, experimentou outras drogas como beladona, mercúrio, ópio, arsênico e diversos medicamentos de uso corrente na época. Os testes confirmaram sua teoria. Cada remédio provocava uma doença similar àquela para a qual era ordinariamente receitado. Similia similibus curentur ou “semelhante cura semelhante”. O princípio foi batizado por Hahnemann de homeopatia – do grego “homoion” similar, e “pathos” doença. A nova terapia  era eficiente e agradável aos pacientes. Uma ótima opção aos tratamentos primitivos e sem embasamento científico da época, como a prática de sangrias, ingestões de purgantes e substâncias tóxicas.

 

EFEITO PLACEBO

Estudos sistemáticos realizados nos últimos anos mostram que práticas como a acupuntura e a homeopatia não são mais eficazes do que o uso de placebos. Placebo, do latim, “agradarei”, são comprimidos que não têm nenhum princípio ativo, mas produzem no paciente a convicção de ter recebido um tratamento. O efeito placebo foi tratado como algo “apenas de sua cabeça”, mas sabe-se que a expectativa de cura já provoca uma tempestade de reações fisiológicas reais. Estudos provam que estes efeitos testados em grupo de controle, verificaram que mais de 30% dos submetidos a essa ilusão responderam de maneira positiva. A pergunta que fica, então, é o que podemos fazer para saber se uma terapia funciona “de verdade”. A resposta é, a estatística. Publicações de pesquisas científicas sérias de uma metanálise em testes da melhor qualidade, envolvendo produtos homeopáticos e placebos, concluiu que não havia diferença significativa entre ambos. Todavia, uma legião de defensores, muitos baseados em tradições orientais milenares, incluídos médicos, curandeiros, charlatães, que se aventuram nesta prescrição sem maior efeito, defendem esta prática, no mínimo, suspeita. Haja fé.

 

MESMA SORTE

Testes de acupuntura, avaliados numa espécie de revisões patrocinadas pela reputada rede Cochrane, mostram que seguramente podem revelar curas no efeito placebo, em que o tratamento  não é efetivo para a maioria das moléstias para as quais a OMS a recomenda. A prática não é melhor do que o “agradarei” para tratar a dependência de cigarros, de cocaína, asma, epilepsia, depressão, glaucoma e demência vascular, incluindo sinusite, resfriado comum, bronquite, disenteria, artrite.... Da mesma forma que a homeopatia, correntes de simpatizantes “acham” que o tratamento é válido e eficaz. Testes em pacientes com agulhas deliberadamente em lugares errados provocam os mesmos efeitos, digamos, psicológicos e psicossomáticos.

 

SAÚDE PÚBLICA

No Brasil, esta medicina alternativa é incentivada e custeada pelo SUS, nos termos da portaria 971, de 3 de maio de 2006, do Ministério da Saúde. Dentre elas, a acupuntura, a fitoterapia e, acreditem, a crenoterapia, que consiste na utilização de águas minerais como terapia, estão no rol dos serviços públicos de saúde! Uma grande contribuição de algum político “isento” de interesses financeiro faturável na conta do SUS. Todavia, com as atuais avaliações, não somente dúvidas existem, seja para o custo ao Estado e para a saúde dos usuários do sistema. Em avaliações do Conselho de Ciência e Tecnologia do Parlamento Britânico, do Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália, e na maioria dos países desenvolvidos, incluída a Alemanha, terra natal de Hahnemann, são irrefutáveis as afirmações de que não há nenhuma evidência sólida que mostre que a homeopatia seja mais eficaz de que pílulas de açúcar e outros placebos em fazer o paciente se sentir melhor e se recuperar. As questões são: A sociedade brasileira deve continuar a arcar com os ônus destes tratamentos alternativos? Alguém está sendo iludido? Qual a avaliação científica disto no Brasil? Como serviço médico ou correlato, está sujeito ao Código de Defesa do Consumidor?



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2024 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA