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A vista do meu ponto - Jonny Zulauf


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ICBA

Segunda, 03 de agosto de 2015

 

A convergência de ideais geraram, há mais de 27 anos, a criação do Instituto Cultural Brasil Alemanha em São Bento do Sul. Por um lado, mais uma vez o ambiente fértil e receptivo a uma ideia absolutamente positiva nos aspectos cultural e educacional foi a ACISBS, nossa associação empresarial. A proposta veio de uma das mais ilustres figuras do meio educacional, valorosa incentivadora da preservação da cultura e  tradições dos imigrantes que deram toda formatação ao perfil de nossa sociedade, a professora Erica Pfeiffer. Além de agregar um ambiente de confraternização dos egressos destas famílias de origem germânica, cultuam-se tradições de antepassados, estimula-se a cultura de além-mar e ensina-se a língua alemã. O grande diferencial de qualquer outra instituição de ensino da língua estrangeira, sem demérito a qualquer proposta, está no fato do ICBA ser rico na manutenção da cultura dos povos europeus do idioma de Goethe.

 

EMPREENDIMENTO CULTURAL

Com o apoio da diretoria da entidade empresarial e de seus membros que sempre foi sensíveis às propostas de desenvolvimento econômico, vinculando efeitos empresariais aos paralelos de educação e cultura, o ideal de Dona Erica, que naquele período jubilosamente aposentava-se da direção do Colégio Roberto Grant, depois de uma década e meia nesta função e uma vida de contribuição à educação regular, foi criado o Instituto Cultural Brasil Alemanha. Empresas e empresários, desde o início do instituto ajudaram e continuam a contribuir para incentivar suas louváveis atividades. E a professora que, ao invés de acomodar-se, aliou-se aos empreendedores e não só estimulou a criação, mas consolidou este ícone oficial da cultura germânica em São Bento do Sul. Exerceu, ainda, forte representação político institucional com o Goethe Institut Internacional e o próprio governo Alemão. Inúmeras e recíprocas recepções em consulados e a embaixada da República Alemã foram viabilizadas pela facilidade de trânsito de Dona Erica neste elevado meio.

 

NEM SÓ DE ALEMÃO

A exemplo admirável do empresário Loyola de Joinville, que não tem relação familiar direta com os alemães, mas soube estimular um espetacular intercâmbio da Câmara de Artes e Ofícios de Munique e Alta Baviera com Santa Catarina com as Associações Comerciais. Vários integrantes, associados e alunos do ICBA sem vínculos familiares com antepassados germânicos, aproveitam a oportunidade de explorar novos conhecimentos e enriquecer a própria cultura convivendo com os membros do Instituto. Genial, também, os intercâmbios que são promovidos com a supervisão da entidade, que permitiu a brasileiros experimentarem conviver na Europa. Muitos brasileiros, sem vínculo familiar com a Alemanha ou mesmo outro país Europeu, estudam nas inúmeras turmas de diferentes níveis desta riquíssima língua estrangeira, havendo também cursos de português para Europeus que falam alemão, aqui a trabalho ou intercâmbio de jovens que visitam as famílias locais. A troca de experiências é sem dúvida fantástica.

 

ALEMANHA POR AQUI

Nas diversas incursões de Europeus pelo mundo a partir de século XVI, há inúmeros registros de integrantes das regiões que posteriormente formaram a Alemanha, sendo interessante observar que logo depois do descobrimento, o Brasil já era Brasil, tornando-se independente de Portugal em 1822, com um marco, mais exatamente em janeiro de 1871, quando houve a Unificação da Alemanha, como Estado-nação. Daí, compreender que quando da vinda dos primeiros imigrantes ao Brasil, nas grandes levas entre 1850 e 1880, aquele Estado ainda estava em organização. Além, naturalmente, da dança das fronteiras dos países que se tornam independentes, também falando Alemão, a exemplo da Áustria e Suíça. E, claro, nada muito pacífico como se colhe destes registros, fatos específicos da história. Se aqui todos se entendiam com a língua portuguesa, os dialetos muito diferentes entre si do alemão persistiram até recente massificação das comunicações. A formação de uma língua culta comum a todos os alemães deve-se fortemente à tradução da Bíblia por Martinho Lutero. Dos notórios efeitos culturais da imigração em nossa região, é relevante o fato de que a cidade com maior número de empresas alemães do mundo não está lá. É São Paulo.

 

ENCONTRO

A Alemanha sempre investiu e acreditou muito no Brasil. São fortes as relações institucionais que concretamente estão consolidadas entre estes países. Câmaras de Relações Empresariais são ativas e revelam o lado dinâmico que viabiliza por estas parcerias, um desenvolvimento tecnológico do qual somos tão carentes. De grandes projetos e trocas empresariais e de tecnologia, aos micro empreendimentos da supra citada Câmara de Artes e Ofícios de Munique a Alta Baviera com as Associações Empresariais de Santa Catarina existentes a mais de 20 anos, aliás, modelo adotado pelo CEBRAE nacional para o estímulo de competitividade dos pequenos negócios. Uma característica da referida Câmara alemã conveniada conosco, denominada “Handwerkskammer für München und Oberbayern” tem na média de 7 empregados por empresa, entre seus associados.  E, em arremate, chamo a atenção ao evento programado pela FIESC, para os dias 22 a 25 de setembro, em Joinville, de mais um encontro nacional da Indústria Alemã em intercâmbio com o Brasil, aberto a todos interessados, cujas inscrições já estão abertas. Valerá a pena!



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