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Cléverson Israel Minikovsky

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Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)

Advogado

Filósofo

Jornalista (DRT 3792/SC)


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Deus ajuda a quem cedo madruga

Quarta, 25 de março de 2015

 

Em Provérbios 31, 15 podemos ler “Ainda de noite, se levanta e dá mantimento à sua casa e tarefa às suas servas”. Nossas servas são nossas habilidades. Nossa casa é o nosso ser, nossa alma. Precisamos é dar comando a nós mesmos. Temos de orar, estudar, trabalhar, tomar iniciativa. Sem oração estamos como que sem mantimento. Porque o muito fazer sem espiritualidade é fazer para perder. A riqueza material também ela é reflexo de um princípio espiritual. O levantar cedo implica deitar-se em horário adequado e dominar a vontade do corpo que se satisfaz com bebida, alimentação, sono e sexo. Há quem se entregue ao corpo inclusive ministrando-lhe drogas. Mas o dar mantimento à própria casa autoriza interpretar também privar a casa daquilo que lhe é prejudicial. Assim, há toda uma alegoria de buscar o certo, o belo e o bom e rejeitar o errado, o feio e o vicioso. O maior artífice da história de cada um é o si mesmo. A bênção já está liberada, o trabalho é o que nos prepara e o que nos habilita a receber os dons de Deus. Deus premia quem assume responsabilidade. Porque fruição sem responsabilidade conduz à perdição. Mais ou menos como o que está escrito no Talmude, que “quando se faz um banquete sem se fazer previamente uma caridade chama um satanás que ronda os convivas”. Tudo, pois, tem um preço no mundo espiritual. Quem quer ter o gozo do matrimônio, por exemplo, terá de avocar para si uma variedade de compromissos, extensos, intensos e extenuantes. Não há saque sem prévio depósito. Quem colhe sem ter semeado foi o que plantou, plantou, plantou, a perder de vista qualquer tipo de retorno a curto ou médio prazo. O homem enquanto ser espiritual age e o Reino de Deus reage. Mas o retorno é concretizado no tempo de Deus e não no nosso tempo. Assim como um escritor que não consegue entender como podia ter uma visão tão tosca sobre a realidade, toma ciência de que o baixo grau de consciência do passado foi condição indispensável para levá-lo a um nível mais profundo e mais amplo de compreensão de tudo o que o rodeia. Que foi necessário ser ridicularizado pelos que nunca escreveram uma só linha para ser tido como um escrevente de proposições centradas e certeiras. A maturidade supõe imaturidade, assim como a adultícia pressupõe infância e adolescência.



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