Se forem checadas todas as listas desse tipo que foram feitas nas últimas décadas, verá que o índice de acerto é pífio, mas o Fórum Econômico Mundial gosta desse exercício, reunindo todos os anos 18 especialistas para responder a esta questão.
A versão 2015 do exercício de futurologia, está abaixo, com as “dez inovações que podem mudar nossas vidas, transformar indústrias e proteger o planeta”.
- Carros a hidrogênio: É uma promessa de longa data, mas só agora a tecnologia está se tornando apta para as grandes montadoras, com vantagens sobre outros sistemas de combustíveis fósseis inclusive a mais divulgada que é a eletricidade.
- Robótica: Outra tecnologia que há muito tempo se faz presente no imaginário coletivo, a robótica tem passado por avanços que estão permitindo que finalmente deixe de estar confinada a fábricas e outras tarefas simples.
- Plástico termorrígido reciclável: Ao contrário dos termoplásticos, que podem ser aquecidos e reaquecidos para adquirirem diferentes formas e serem reciclados, os plásticos termorrígidos só podem passar por este processo uma única vez. Mas com a descoberta de uso de ácido para quebrar a cadeia de polímeros pode-se reutilizar este tipo de plástico ultra-durável.
- Engenharia genética agrícola: A engenharia genética gera uma grande polêmica, mas o fórum defende que “novas técnicas permitem ‘editar’ o código genético de plantas para torná-las mais nutritivas ou resistentes às mudanças climáticas”.
- Manufatura aditiva (impressão 3D): Fabricação de produtos “do zero” sem laminações ou desgastes da peça é a grande vantagem deste sistema. Podem-se fabricar componentes eletrônicos, casas e até tecidos orgânicos a partir de células humanas como material básico, que podem ser usados no teste de segurança de medicamentos, além de transplantes.
- Inteligência artificial: Nos últimos anos, a inteligência artificial evoluiu bastante, com smartphones reconhecendo a voz de seu dono, carros que dirigem a si mesmos ou drones que dispensam o controle remoto.
Hoje, esta tecnologia faz com que uma máquina reconheça um ambiente a sua volta e reaja a ele.
- Manufatura descentralizada: Este tipo de fabricação de produtos muda completamente a noção que temos hoje da manufatura.
Em vez de reunir todo o material necessário para fazer um produto em um único - e enorme - local e depois distribuí-lo ao público, a manufatura descentralizada distribui a fabricação de diferentes partes do produto por diversos locais. E o produto final acaba sendo montado muito próximo de onde consumidor está.
- Drones inteligentes: Drones são usados amplamente nos dias de hoje, na agricultura, no cinema e em outras aplicações que requerem uma vigilância aérea ampla e barata.
Mas, até agora, eles têm pilotos humanos, que os controlam a partir do solo”, explica o fórum. “O próximo passo é desenvolver máquinas que voam por conta própria, o que permite uma série de novos usos.
- Tecnologia neuromórfica: Os computadores atuais funcionam de forma linear, mas cientistas já trabalham na criação de chips neuromórficos, que simulam a arquitetura cerebral e aumentam exponencialmente a capacidade de um computador processar informações e reagir. transferindo informação entre chips e um processador central por meio de uma rede. Já um cérebro funciona de forma totalmente interconectada, com uma densidade de conexões que superam em muito a de um computador.
- Genoma digital: O primeiro sequenciamento do genoma humano levou muitos anos e consumiu bilhões de dólares, mas hoje isso pode ser feito em minutos por algumas centenas de dólares.
Essa habilidade de desvendar nossa genética individual promete levar a uma revolução, com serviços de saúde mais personalizados e efetivos.
Isso porque muitos dos males que enfrentamos derivam de um componente genético. Com esta digitalização do DNA, um médico poderia, por exemplo, tratar um câncer de acordo com a composição genética do tumor.