Conselhos: de quem buscar

Os conselhos devem ser buscados do Espírito Santo. Sempre se deve ouvir os pais e os mais velhos salvo quando até mesmo estes estiverem pronunciando palavras do inimigo e não as de Deus. Temos de estar estribados em conselhos divinos e não em conselhos humanos. É de se esperar que os mais velhos estejam mais próximos das coisas divinas até pela ordem natural das coisas. Sempre se deve botar toda questão especial em oração. Deus se manifesta na oração. Os melhores conselhos são recebidos em período de paz. E uma coisa é ter paz com Deus e outra paz de Deus. Paz com Deus é estar conciliado com o próximo e com o Pai. Já ter a paz de Deus é lançar por terra toda ansiedade e toda angústia aos pés de Deus na certeza de que é Ele que rege e governa todas as coisas. Quando estamos em comunhão com o Espírito Santo Ele ora conosco em uma língua inexprimível. Se orássemos na língua dos anjos satanás compreenderia nossa oração, porque em algum dia ele foi anjo como qualquer outro. Mas quando oramos no Espírito Santo asseguramos o sigilo de nossa oração, somos atendidos e confundimos o diabo. Há três dimensões: poder, revelação e inspiração. Tudo isto conseguimos em oração. A Igreja de Cristo foi fundada no Calvário e inaugurada em Pentecostes. Deus não disse aos chefes da Igreja “virem-se com esta Igreja”. Pelo contrário, ainda podemos ter visões, sonhos e receber profecias. O Espírito Santo age na Igreja, para a Igreja e pela Igreja. O Espírito Santo é Consolador, dentre tantas outras razões, porque é o bom Conselheiro. É Ele que nos dá direção, luz e entendimento. O Reino de Deus é como uma hospedagem que solicita um passe: e o que levaremos no alforje serão não tanto nossas boas ações, embora também elas, mas a nossa oração, nossa intimidade com Deus, os conselhos que pedimos, recebemos e honramos. Porque de nada adianta ter o conselho e não pô-lo em ação. Será tido como excesso ou material de descarte a religiosidade, os conselhos puramente humanos, e as condutas calcadas no conhecimento pessoal ou justiça própria. Diria até mesmo que no céu não entram cristãos. Apenas quem recebeu a mensagem de Cristo como algo muito acima de uma religião, algo muito maior que um sistema filosófico, algo mais que um costume, uma tradição, uma cultura. Jesus não foi líder. Se líder ele fosse poderíamos falar em cristianismo. Ele ontem, hoje e sempre é Deus. Nenhuma explicação acerca dos evangelhos pode ser maior do que o próprio ensinamento ali consignado. Nenhuma biografia pode dar conta da personalidade de Cristo. O Reino de Deus que inclui a salvação mas não fica adscrito a apenas isto, não se relaciona em momento algum com nome de denominação, maneira de vestir-se, liturgia, confraria ou título eclesiástico ou nobiliárquico. O Reino de Deus não carece de auxílios humanos ou profanos. O mundo precisa do Reino, mas o Reino, em tese, não precisaria do mundo, apenas quer resgatar as pessoas que estão no mundo em função da graça, dom gratuito de Deus.