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Cléverson Israel Minikovsky

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Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)

Advogado

Filósofo

Jornalista (DRT 3792/SC)


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Fraco, cansado e infeliz

Terça, 18 de novembro de 2014

 

Todos estamos fracos, cansados e infelizes. Não é por acaso que vou até à livraria e encontro os títulos “Kafka para sobrecarregados” e “Nietzsche para cansados”. Como se sente o sujeito da sociedade brasileira atual? Exaurido, exausto, esgotado. Temos a sensação de sempre estarmos na reserva. Somos como que um poço continuamente vertido e captado. Compreendemos bem o dizer de Cristo “não ter onde reclinar a cabeça”. Não há postura que nos convenha, nem de pé, nem sentado e nem deitado. Durante todo o dia estamos cansados e ávidos por repouso e, no final do dia, já na cama, não conseguimos dormir por causa da agitação e da ansiedade. Estamos acelerando e pisando no freio ao mesmo tempo. O mundo e a existência infeliz não nos dão nem uma pausa. Não temos nem um ponto de apoio: nem pai, nem mãe, nem irmão, talvez, um amigo, no máximo, não mais que isso. Estamos assoberbados de excesso de trabalho. Recebemos críticas das pessoas que nos circundam. Nenhuma ajuda e muitas lições de moral. No passado eu estava tão atribulado que não conseguia dirigir um carro. Hoje eu não consigo enxugar um copo. E sempre ladeado por pessoas estúpidas. E é sabido que no mundo há duas espécies de pessoas: as ignorantes – entre as quais eu me incluo – e as estúpidas. Sendo que as primeiras podem ser remediadas com muito estudo e as segundas são um caso perdido. Estamos frios. Eu mesmo sou uma prova disso. Esqueço-me dos nomes das pessoas. Porque o cérebro só remete para a memória de longa duração aqueles conteúdos de conotação afetiva, mas eu não sinto afeto por quase ninguém. A vida ficou muito dura e difícil. Máxima cobrança e mínimo retorno. Esta é a lei da vida. A cada dia que passa vejo cada vez mais claramente que a empiria é um vale de lágrimas. E se o suicídio não é uma boa, para muita gente a morte viria como um refrigério. Nos relacionamentos do passado havia uma margem de segurança, sempre! Hoje se perdeu a noção de limite. A toda esquina seu sistema nervoso é desafiado com algum tipo de absurdo. O mundo que lhe cobra razoabilidade não é razoável. O caos lhe cobra equilíbrio, justamente ele que é o melhor sinônimo de desequilíbrio. Carregamos um tipo de cruz que nenhum proveito espiritual traz consigo, nada redime. Um sofrimento sem limite e tosco nos persegue. Quando percebo que estou enleado nisto tudo penso que somente a Palavra de Deus faz algum sentido. Quem sabe vivemos este cativeiro espiritual porque não estamos dando a devida atenção ao órfão, à viúva e ao estrangeiro. Porque se eles estão sendo mal cuidados Deus nada irá cobrar do Município, do Estado ou da União, mas da Igreja e de cada um dos cristãos em particular.



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