A Lepra

A lepra está relacionada ao pecado na Bíblia. É assim que quando Miriã se levanta contra Moisés ela fica tomada de lepra, é assim que o rei Uzias fica atingido por lepra na testa quando oferece incenso no templo, coisa que só cabia aos sacerdotes. A Bíblia diz dos judeus que são “um povo de lábios impuros”, sendo que uma das primeiras partes do corpo atingidas pela lepra é a boca. A lepra se assemelha também nisso ao pecado: ela tira nossa sensibilidade, vai nos apodrecemos, porém não sentimos dor. Não percebemos que vamos sendo carcomidos. Quando nos damos conta já é tarde demais. Jesus curou um leproso. O leproso correu um grande risco: porque se Jesus não o curasse ele provavelmente seria morto pela multidão. Mas Jesus disse “eu quero curá-lo”. Quando estamos com uma roupa limpa e branca e alguém todo enlameado nos abraça ficamos também nós cheios de lama. Mas com Jesus é diferente: é ele que nos contagia com sua limpeza e com sua pureza. Naamã era um grande general, mas por baixo de sua armadura havia um homem leproso. E ele estava tão desesperado que dá ouvido a uma menina judia que era escrava em sua casa. Manda uma comitiva preparar o rei de Israel para recebê-lo em Israel para que o profeta Eliseu o curasse. O rei fica perplexo “acaso sou Deus para curar? Esse quer guerra comigo”. Mas desfeito o mal entendido Naamã vai até a residência do profeta e então o profeta sequer o recebe, mas manda o seu auxiliar lhe pronunciar um recado: banhe-se sete vezes no rio Jordão. Naamã fica indignado com a simplicidade da receita.  Então um de seus homens lhe diz: “se o profeta pedisse algo difícil o senhor não o faria?”. Ele se banha sete vezes no Jordão e sua carne fica como a de uma criança. Ficamos pasmos com a simplicidade daquilo que Deus pede para fazermos. Isto nos remete para Jacó: pois quando Deus luta com Jacó Ele lhe pergunta: “quem é você?” e Jacó lhe responde “eu sou Jacó”. Isto porque ele se passou por Esaú duas vezes para receber a bênção. Deus quer nos dizer que precisamos ser nós mesmos para recebermos a bênção. Porque quando em cada ambiente temos uma personalidade diferente ficamos estressados por ter de gerir e administrar isto tudo. Logo ficamos cansados. A iniquidade é esta perda de tato: perdemos a noção de que estamos no caminho errado. Nossa consciência já não mais é tocada. A quebra do princípio espiritual é vista como algo normal. E como no caso da lepra, o resultado final do processo é o adoecimento crônico e a morte total.