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Cléverson Israel Minikovsky

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Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)

Advogado

Filósofo

Jornalista (DRT 3792/SC)


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Santo, Santo, Santo e Terrível

Quarta, 16 de julho de 2014


Deus é três vezes santo. Uma vez como Pai, outra como Filho e outra como comunhão entre Pai e Filho. Temos a visão de santidade um tanto distorcida. Imaginamos a pessoa santa como submissa, passiva e sem personalidade. Na verdade, santidade é vida sem pecado. E é possível ser muito radical em uma série de áreas mesmo não pecando. Se é possível matar sem pecado, então o santo pode manejar a espada e tirar a vida de outro santamente. A bondade e a maldade estão uma para a outra como a luz está para a sombra. Diria que quanto mais santa é uma pessoa, mais terrível ela é. Ao menos do ponto de vista potencial. No livro da lei é descrita a conduta de Deus para o povo que cumpre os mandamentos, uma atitude positiva e amorosa, e é descrita a conduta de Deus para o povo que ignora os mandamentos, uma atitude negativa e terrível. A corrupção do ótimo é o péssimo. E a capacidade de algo ser quente depende da capacidade de algo ser, na contramão, frio. O mediano em inteligência e caráter dificilmente tem grandes pecados, apenas pecados médios. O potencialmente muito virtuoso corre um risco sério de ser agente de condutas muito desvalorosas. A inteligência é o parâmetro de muita coisa. Até mesmo para o emprego de malvadezas. Só uma mente arrojada consegue impingir sofrimento inexprimível a outrem. Mas recordo que é mais útil, mais formidável e mais desejável usar a inteligência para os bons intentos. Toda circunstância tem setenta e dois lados que podem ser alinhavados em dois conjuntos de trinta e seis lados. É mais ou menos como em processo civil ou processo canônico: para cada decisão deve caber uma medida defensiva. E se Deus é – e sabemos que Ele efetivamente é – tudo em todas as coisas, ele deve ser o lado de dentro e o de fora, o aspecto côncavo e o convexo, o aspecto finito e o infinito, o aspecto contingente e o necessário, o maximamente ser e o nada. Não faria sentido falar de um Deus amoroso deixando de lado o perfil do Senhor dos Exércitos. Deus é esse ente em que coincidem essência e existência, dotado de nenhum e de infinitos atributos.



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