É muito pouco, mas ainda há tempo...

Passado um ano das novas administrações nas prefeituras de Campo Alegre, Rio Negrinho e São Bento do Sul foram muitas reclamações, ou por falta de arrecadação, ou por dívidas herdadas, ou ainda por falta de traquejo político. E de outro lado o terceiro ano da administração de Raimundo Colombo (PSD), sem nenhuma atenção para a nossa região.

No caso de Campo Alegre as brigas e disputas entre o prefeito Rubens Blaszkowski (DEM) e o presidente da Câmara Raul Johanson do mesmo partido, acabou por prejudicar o município, principalmente por que alguns projetos de suma importância foram reprovados com votos da situação. Quanto à administração em si, foi de aprendizado.

Em Rio Negrinho a equipe de Alcides Grohskopf (PMDB) passou mais de seis meses reclamando da dívida gigantesca que herdaram do ex-prefeito Osni Schroeder (PSD), que realmente inviabilizaram a busca de recursos devido à falta de negativas, principalmente da Caixa Econômica. Fato este que acabou chegando na semana passada como ‘um presente de Natal’, com a liberação dessas negativas. O que deixa o prefeito Alcides com boas expectativas para 2014, onde pretende investir pesado em pavimentação.

Já em São Bento do Sul o prefeito Fernando Tureck (PMDB), por inexperiência ou mal assessorado, cometeu erros que ficaram marcados em sua administração. E para piorar devido a baixa na arrecadação não conseguiu reajustar o salário dos servidores, dando apenas 1,21 % dos 8,46% atrasados. E ainda não existe muita expectativa de aumento de arrecadação para 2014. Em relação a investimentos para o ano que vem os recursos já garantidos irá de uma vez possibilitar a realização de obras de pavimentação, esgoto sanitário, bem como, em educação na criação de mais vagas em creches. Um fato negativo foi a decisão judicial que interditou o sistema de aterro sanitário. Poderá ser revertido nos próximos dias. Para Tureck seus maiores desafios ficam em avançar na pavimentação, resolver o problema do trânsito e criar mais vagas em creches.

Quanto a atenção do governador Colombo para nossa região, foi pífia, para não dizer um descaso para os eleitores que lhe deram uma vitória nas urnas. Mas nem de longe o lageano nos correspondeu. Passados três anos o seu governo não conseguiu fazer as prometidas obras na Rodovia dos Móveis, muito menos investir em nosso hospital. Sem falar do Mini-Centro de Eventos do Colégio Roberto Grant, outra vergonha.

A pavimentação da rodovia que liga a sede de Rio Negrinho ao Distrito de Volta Grande se arrasta como tartaruga. Mas as promessas foram refeitas para 2014, incluindo a construção de um presídio industrial.

Mas para mim foi muito pouco, tanto pelas prefeituras como por parte do governo estadual. Para arrematar em relação ao governo de Dilma Rousseff (PT), também são muitas promessas do tal do PAC, mas ai é outra história, que vamos conversar lá por junho do ano que vem. Quanto aos senhores prefeitos, acredito que a partir de janeiro de 2014, não cabe mais reclamação e choradeira, e terão sim de dizer por que foram eleitos e fazer os projetos sair do papel.

Fora

Mais de 100 municípios catarinenses foram beneficiados com a entrega de 32 tratores, três retroescavadeiras e 200 implementos agrícolas. O evento aconteceu na segunda-feira em Florianópolis. E novamente São Bento do Sul e Rio Negrinho ficaram fora, não receberam nada. Somente Campo Alegre foi contemplado.

Interdição do aterro

O diretor presidente do Samae de São Bento do Sul Osmar Telma, falou que ficou surpreso com a sentença de interdição do aterro sanitário. Ele explicou que a cobrança da Fatma vem desde 2010, e quando assumimos em Janeiro e tomamos conhecimento do assunto, passamos a realizar os serviços solicitados. Outra coisa que acha estranho é sobre constar da decisão do juiz que a suposta contaminação do lençol freático onde é feita a captação de água, para ele não procede, pois a água vem de nascentes existentes na divisa do município com Campo Alegre. Segundo informou ainda, a assessoria jurídica está tomando todas as providências, para cassar a liminar, pois é necessário dar continuidade na troca da manta da terceira lagoa. Enquanto perdurar o atual estado, o lixo estará sendo levado para um Aterro Sanitário particular em Rio Negrinho, aumentando os custos mensais na ordem de R$ 120 mil.

Servidores

A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Bento do Sul e Região, está comemorando a vitória na justiça em primeira instância da Ação Coletiva, referente ao pagamento da regência de classe para o magistério, principalmente quanto ao recebimento intergral também nos período de férias. Para a presidente Adriana Zanella o ano foi de dificuldades, ‘mas também de conquistas’. Ela cita principalmente os ganhos de 82% ao auxílio alimentação, bem como o avanço na implantação do plano de cargos e salários. Quanto à defasagem no reajuste dos servidores, mesmo compreendendo a situação financeira da prefeitura, diz que as cobranças serão mais fortes.

Trânsito

O novo direto de trânsito de São Bento do Sul Arno Heillmann mesmo há pouco tempo no cargo, já projeta algumas mudanças para fluir o trânsito, em 2014,  principalmente no anel central da cidade. Mas uma das ações deverá mesmo ser a contratação de uma empresa especializada para realizar um estudo sério e definitivo para então promover mudanças mais profundas. Torcemos que consiga.

Explicado

Sobre a nota da coluna da semana passada – “Não entendi”, José Tadeu Santana Junior, informou que “este repasse não depende da Prefeitura ou do Prefeito diretamente, depende sim da aprovação, em reunião ordinária, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Bento do Sul. A entidade para receber este recurso precisar ter registro no referido Conselho, apresentar Projeto e ser aprovado pelo referido Conselho, e depois essa entidade precisa captar esse recurso junto a empresas ou doadores que o fazem diretamente ao FIA - Fundo da Infância e Adolescência de São Bento do Sul. Tendo tudo sido feito conforme a Lei e o Tribunal de Contas do Estado preconiza, solicita-se ao Prefeito, que é quem ordena as despesas da prefeitura, que faça o repasse por meio de Lei Municipal”.