O asfalto parece ser a melhor solução do mundo quando se é forçado a viajar por uma estrada de terra.
Mas Wilson Smith, estudante de engenharia Civil, da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, defende que nenhum dos dois é o ideal: nem o asfalto é a solução para todas as estradas, devido ao seu custo, e nem tampouco há que se resignar a viajar por estradas poeirentas e esburacadas.
Por isso ele decidiu trabalhar com um material de origem vegetal, na tentativa de criar uma alternativa que melhore as condições de tráfego das estradas não pavimentadas.
Lignina
Smith está trabalhando com a Lignina, o material que dá rigidez às células vegetais, para fazer um composto que possa dar rigidez à terra solta e aos pedregulhos das estradas vicinais.
A lignina localiza-se principalmente na lamela média onde é depositada durante a lignificação do tecido vegetal. Quando o processo de lignificação é completado, geralmente coincide com a morte da célula formando o que se denomina tecido de resistência.
O que torna a lignina um material particularmente valioso para essa aplicação é o seu comportamento adesivo quando é umedecida, com capacidade para agregar os materiais do solo, gerando uma coesão e criando uma espécie de “bioasfalto”.
A lignina está presente em todas as plantas, em média de 15 a 35% de seu peso, e é um incômodo para as indústrias que chegam a fazer manipulações genéticas para a sua redução na consistência de alguns vegetais para redução dos rejeitos, como no caso do bagaço da cana-de-açúcar, da palha de milho e de outros resíduos da agricultura, assim como da indústria do papel, o que a torna um material sustentável e renovável que dosado com poeira em proporções de 2 a 9%, dependendo da coesão dos materiais pré existentes no leito da estrada, resulta um excelente revestimento.
Lignina extraída
Isto torna a estrada de terra menos poeirenta, mais lisa e com uma menor necessidade de manutenção, sobretudo no período das chuvas.
Brasil agrícola e sem pavimentação
Com a notícia acima, nada mais promissor para nossa condição agrícola e deficitária sobre pavimentação. Tem tudo para começar a “bombar”. Vamos ver quem se mexe, caso não ficarmos atolados.