O CREA-SC recebeu homenagem durante sessão solene da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul na noite desta segunda-feira (29/07), em comemoração a passagem dos 55 anos de fundação da entidade.
A solenidade foi proposta pelo vereador Geraldo Weihermann (PSDB) e contou com a presença do presidente do CREA-SC, o Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier.
Primeira pá de terra
Medidas em palmos, drenagens, indicações de melhores traçados, e muito mais, são ricos detalhes retirados do projeto da Estrada Dona Francisca, elaborado pelo Engenheiro Agrimensor Carl August Wunderwald, onde o vereador Geraldo Weihermann citou em seu discurso para ilustrar a presença e a importância de Engenheiros antes mesmo da fundação de nossa cidade, pois este era o futuro caminho para abrigar os imigrantes alemães e austríacos no alto da serra do mar.
Também citou que a notícia publicada em setembro de 1890, pelo jornal joinvilense KOLONIE ZEITUNG, que: “Foi viva a alegria dos Moradores de São Bento, quando os Engenheiros incumbidos da exploração da estrada de ferro da linha São Francisco do Sul – Rio Negro, apanharam a “PRIMEIRA PÁ DE TERRA” e fizeram o primeiro marco na presença de autoridades e uma grande parte do povo. Foram feitos discursos eloquentes, houve baile solene e já se ‘ouvia espiritualmente’, o apito da primeira locomotiva na sede”.
Última pá de cal
Hoje em dia o que se houve são manifestações do povo do bairro Rio Vermelho pedindo um pouco de atenção para livrar-lhes do incômodo que as locomotivas lhes proporcionam.
O que seria realmente isto? O que houve com o transporte ferroviário? Seria desperdício de ordem nacional? Pois uma verdadeira obra de engenharia que custou muito dinheiro, inclusive financiada com capital estrangeiro ,era o supra sumo dos transportes ficou de lado em todo o Brasil, tornando-se um grande estorvo para os centros urbanos. Seria a hora de colocar a última pá de cal e assumir todo o prejuízo?
Ferrovia do Frango
Existe um projeto Federal que faz parte do PAC 2, anunciado em março de 2010, com mais de 622 quilômetros de estrada de ferro, ligando o Extremo Oeste de Santa Catarina ao Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, também denominado Ferrovia da Integração, em um investimento de R$ 41 milhões.
Mas reativar uma estrada ferro já extinta, passando por dentro do Vale do Itajaí isto sim deve causar um grande transtorno e mais investimentos e indenizações.
E nosso trecho não interessaria o escoamento? Dizem que é fora de rota, mas outra pergunta fica para ser respondida: transporte ferroviário não é barato? Então por que não usar um trecho já pronto, mesmo que mais longo?
Deputado Aguiar e deputado Dreveck, presentes na Homenagem do CREA-SC 55 anos, esperamos suas respostas.