Na China, cidades inteiras, novinhas em folha, construídas para ninguém morar. Há 64 milhões de imóveis vazios, e centenas de milhões de pessoas sem ter onde morar.
Isto está acontecendo na China. Para manter alto o crescimento do PIB determinado pelas autoridades centrais do Partido Comunista, em Pequim, dirigentes provinciais e municipais “mandam ver” – e a maneira mais fácil de conseguir crescimento econômico, em números, é a construção civil.
Milhares de apartamentos vazios, árvores, jardins, avenidas: nada de gente, nada de automóveis.
Cidades inteiras, com conjuntos habitacionais imensos, maciços de escritórios, shoppings centers gigantescos – vazias.
Bairros repletos de aranha-céus, centros comerciais maiores do que de Miami ou de Cingapura – e nenhuma pessoa dentro, nenhum movimento, nada.
Cidades fantasmas, que custaram centenas de bilhões de dólares.
Bairros residenciais enormes, completos, boas casas, jardins, alamedas, imitando os subúrbios americanos... sem ninguém. São verdadeiras ruínas modernas.
Há, porém, um grande problema: os imóveis não têm demanda – são caros demais para o poder aquisitivo da maioria das pessoas. Sem contar que, volta e meia, são construídos em áreas obviamente inadequadas, como na zona rural, onde trabalhadores sobrevivem com rendimentos miseráveis.
Há um inacreditável, atordoante estoque de 64 milhões de moradias vazias. “Quando a bolha imobiliária chinesa estourar”, diz o consultor britânico Gillen Tullock, baseado em Hong Kong, “a dos Estados Unidos vai parecer brincadeira”.
Paradoxalmente, centenas de milhões de chineses moram em condições miseráveis.
(47) 99660-9995
gmail.com