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Angelo Treml


Engenheiro Civil


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Afinal, “Pastilhar” ou não “Pastilhar”?

Segunda, 06 de agosto de 2012

Os proprietários de construções antigas, preocupados em dar uma roupagem moderna e nobre à construção além, é claro, de buscar uma manutenção mais fácil das fachadas, acabam por ceder à tentação de trocar o revestimento original (quase sempre argamassas “raspadas” ou rebocos pintados, apresentando trincas, algumas infiltrações, colônias de fungos ou musgos e deposições de poeira) pelo “pastilhamento” geral.

O assunto tem gerado muitas dúvidas no meio técnico, merecendo muita cautela:

O produto:

Não há objeções quanto ao produto a ser utilizado, seja ele a famosa “pastilha” (ladrilho porcelânico de grés), lousa cerâmica, azulejo, litocerâmica, tijoleiras,vitrificados,  etc. Contudo, é fundamental que o consumidor esteja ciente de que a absorção de água, bem como as resistências mecânica (impacto, compressão, flexão), à abrasão, à gretagem, aos choques térmicos, ao frio intenso e à formação de manchas por ataques químicos variam, de forma acentuada, de um produto para outro, comprometendo assim a sua melhor qualidade que seria a durabilidade.

 Segundo informações da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento), os produtos cerâmicos estão enquadrados em 5  grupos principais:

1) Porcelanatos;

2) Grés;

3) Semi-grés;

4) Semi-porosos e

5) Porosos.

 

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É preciso ter especial cuidado com a escolha da cerâmica a ser aplicada, notadamente no que se refere à absorção de água, observada a seguinte tabela, fornecida pela mencionada associação de fabricantes:

 

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Conclui-se, portanto, que as patilhas de porcelanato e o ladrilho porcelânico de grés, apresentam-se como uns dos melhores produtos, sob o ponto de vista da absorção de água (embora os demais quesitos, citados devam ser considerados, atenta e cuidadosamente, na escolha final do produto). Eis, portanto, o primeiro e essencial cuidado.

Estas recomendações acima são referentes a materiais cerâmicos. As pastilhas de vidro não tem absorção de água, logo deveriam ser as melhores para serem colocadas na face externa, mas esta mesma compacidade que lhe confere um material não absorvedor de água, deixa-lhe lisa demais, sem ter a capacidade de ancoragem mínima necessária para ser um bom material com capacidade de aderência no substrato: descolam. (Continua).



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