Como as metas de crescimento da economia do país não atingiram os patamares esperados para 2011, e foi 2012 ser um ano de eleições, o governo promete novamente sacudir o sistema de financiamentos para imóveis.
Após o balde de água fria lançado no ano passado, com a intenção de “segurar” a inflação e o governo não ter mais fundos destinados para a habitação, foi cobrada a exigência de ruas asfaltadas, condicionando a obtenção de taxas mais em conta do programa “Minha Casa Minha Vida”. Tal norma acabou sendo derrubada, pois causou um enorme freio e muitas reclamações em todo o setor da construção civil.
Em alguns momentos parecia ser bom, pois obrigava a iniciativa privada a providenciar toda a infraestrutura para um novo loteamento, desobrigando assim os governantes. Mas pela falta de estrutura geral inviabilizou-se por se tratar de medidas muito árduas para os empresários, as quais seriam descarregadas imediatamente sobre a população. Voltou-se ao normal rapidinho.
O banco chefe dos financiamentos habitacionais, a Caixa Econômica Federal, reduziu as taxas de juros do financiamento imobiliário para todos os clientes, dentro do Programa Caixa Melhor Crédito. A redução pode chegar a até 21%, sobre a taxa de juro efetiva, nas condições do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Para imóveis de até R$ 500 mil, dentro do SFH, os juros passam de 10% a. a. para 9% a. a. para todos os clientes. Com relacionamento e conta salário a taxa cai ainda mais, para 7,9% a.a.
Todo cliente, independentemente de relacionamento com o banco, em um financiamento de R$ 200 mil reais, por exemplo, economizará cerca de R$ 1.800,00 na prestação no primeiro ano, e um total de mais de R$ 18 mil em um contrato de 20 anos, por exemplo.
Se o cliente for financiar imóvel de até R$ 170 mil, nas regras do FGTS, e possuir relacionamento e conta salário na Caixa, a taxa máxima cai dos atuais 8,4% a.a. para 7,9% a.a. E cairá para 7,4% a.a. se o cliente for também cotista do FGTS, inclusive para os financiamentos enquadrados no programa “Minha Casa Minha Vida” (PMCMV), na faixa de renda acima de R$ 3.100.
A economia para um financiamento de R$ 100 mil, por exemplo, dentro das regras do FGTS, será de R$ 450 no primeiro ano e de cerca de R$ 7 mil, em 30 anos.
Para imóveis fora do SFH (valor superior a R$ 500 mil), as taxas também caem, de 11% a.a. para 10% a.a. para todos os clientes. Com relacionamento e conta salário, o juro cai ainda mais, para 9% a.a.Em um financiamento de R$ 600 mil, feito fora do SFH, o cliente economizará em 20 anos, mais de R$ 5.600 no primeiro ano e mais de R$ 54 mil no total.