Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente no momento em que eles ocorrem. Por isso, o título é alusivo de como os problemas emergem, e quando eles são grandes demais, não são fáceis de dominar e às vezes não resta muita coisa para fazer.
A legislação brasileira prevê a aprovação de projetos de edificações vinculadas a um “Projeto Preventivo Contra Incêndios”, que são cobrados em todos os segmentos comerciais, industriais e no caso de edifícios residenciais multifamiliares.
As normas são mensuradas para evitar os riscos e tentar reter os focos de incêndios, seja por uso de extintores de incêndios manuais, rotas de fuga, placas de sinalização de abandono, iluminação de emergência, etc.
Regularizações de obras – Importante:
Toda atividade comercial deve ter o alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, e este só é emitida se primeiramente existirem projetos aprovados pela corporação. Em caso de modificações internas ou novas repartições, estas devem ser reprojetadas e reaprovadas, para então ter o devido alvará.
Edifício Andraus e Edifício Joelma
Sem dúvida estes dois edifícios são os que representam até hoje, as maiores tragédias que ocorreram em São Paulo nos anos 70, que são estudadas academicamente até hoje, devido o elevado número de mortos (16 e 176, respectivamente) e mais de 300 feridos em casa sinistro.
Estes edifícios serviram como uma infeliz receita, para aprimoramento das normas de prevenção de incêndios, devido às falhas construtivas observadas. Pessoas ao tentar fugir, tropeçavam em degraus despadronizados nas escadarias, ou ocorria o “efeito gancho” nos corrimões, que gerou muitas quebras de braços e/ou pernas, desta forma, muitas chegando a morrer ali mesmo, sufocados pela fumaça.
Pânico instalado
Um dos maiores problemas num sinistro é o pânico que gera entre as pessoas, na tentativa de fuga, contenção do fogo ou por ver seus bens queimando. Os Projetos Preventivos Contra Incêndios contemplam a rota de fuga em caso de sinistros, e medidas para conter os focos de incêndio até a chegada dos bombeiros, que assumem efetivamente a situação.
Uma das coisas importantes para serem feitas é manter o sistema preventivo funcionando e saber usar os equipamentos disponíveis. O ideal seria formar uma comissão de combate a incêndios entre os usuários da edificação e determinar o que fazer no caso de um sinistro. Dar diretrizes de como fugir, e principalmente de quem vai ficar para tentar controlar a situação sem se expor a riscos.