Entramos no primeiro dia de verão, e logicamente a chuva com o mesmo nome já marcou a sua presença. Como todos observam, faz parte da natureza chover mais, e com mais volumetria nesta época do ano. Enquanto esta chuva numa lavoura pode ser o sinal de boa colheita, em um centro urbano pode ser o caos. Se a origem das cidades deram-se ao redor dos rios, pela comodidade de se obter a água, (e drenar os esgotos), hoje as proximidades com os rios são mal vistas. Tanto para não contaminar o rio e também para não sofrer pelas suas revanches.
O saneamento sempre foi tema de debate em cidades de diversos tamanhos, mesmo por que demanda muitas verbas para seu funcionamento, pois para levar água potável, drenar e tratar os esgotos e ainda preservar os rios e suas matas ciliares não é uma tarefa fácil.
Mas sem esperar muito dos outros, o que se pode fazer para ajudar a natureza, os cofres públicos e suas próprias economias é tentar aproveitar esta água da chuva de uma forma acumulativa para seu posterior uso. Vale a pena sim para ajardinamentos, lavação de veículos, alguns processos industriais e também na própria válvula de descarga. Esta última opção depende de mais alguns cuidados com instalação de filtros, bombeamento desta água para uma caixa acima da edificação e então a sua utilização.
São alguns cuidados que tem que ser seguidos, onde até a cor do bacio sanitário deve ser pensada, pois costuma-se manchar ao utilizar por longos períodos as águas de reaproveitamento. Mas a opção que se pretende comentar aqui, seria um simples acúmulo através de uma caixa dágua dentro do própria estrutura de telhado, para ter a sua saída por gravidade e usar normalmente para os fins já citados.
Não custa caro e diminuem-se as contas, tanto as monetárias como as naturais. Isto vale ainda mais se formos verificar que se cada um tivesse a sua caixa de acúmulo de águas de chuvas, não iria causar tantos estragos por inundações.
Em São Bento do Sul, teve-se uma iniciativa de cobrar (ou incentivar) nos novos projetos comerciais que fosse previsto este tipo de sistema de acumulação. Só assim então os projetos seriam aprovados e depois verificados no local na ocasião da Carta de Habitação. Mas não se tem mais notícias.